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O Brasil foi o primeiro País da América Latina a possuir uma frota de ônibus movido a células de hidrogênio. O Projeto Ônibus Brasileiro a Hidrogênio, que representa o ponto de partida para o desenvolvimento de uma solução mais limpa para o transporte público urbano, foi coordenado pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU/SP) e dirigido pelo Ministério das Minas e Energia (MME). A iniciativa contou com duas fontes principais de recursos: R$ 8,4 milhões da Finep e US$ 12,3 milhões do Global Environment Facility (GEF), aplicados por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O projeto e a fabricação dos ônibus foram desenvolvidos por um consórcio formado por oito empresas nacionais e internacionais: AES Eletropaulo, Ballard Power Systems, Epri, Hydrogenics, Marcopolo, Nucellsys, Petrobras Distribuidora e Tutto Trasporti. Em junho de 2015, três ônibus foram entregues ao estado de São Paulo e integrados à frota dos ônibus intermunicipais gerenciada pela EMTU/SP. Os trabalhos começaram na Linha 287P Piraporinha a Santo André, em trajeto bastante demandado por usuários.
A tecnologia utilizada de propulsão é totalmente livre de emissões de poluentes. No lugar de dióxido de carbono e outras emissões dos carros comuns, somente vapor d’água é eliminado pelo escapamento dos ônibus.
Rio de Janeiro
O primeiro ônibus a hidrogênio do Brasil com tecnologia 100% nacional foi lançado em 2010. O veículo, desenvolvido pela Coppe/UFRJ em parceria com a Fetranspor e com as secretarias municipal e estadual de transportes, é considerado a evolução do transporte urbano. O ônibus conta com financiamento da Finep, Petrobras, CNPq e Faperj. O veículo circula na Cidade Universitária, transportando professores, alunos e funcionários. Uma segunda versão do ônibus será utilizada durante os Jogos Olímpicos de 2016 para transporte dos atletas de um centro olímpico a outro.
Com tamanho e a aparência iguais as de um ônibus urbano convencional, o veículo tem piso baixo, ar-condicionado, espaço para embarque de deficientes físicos e autonomia para rodar até 300 quilômetros. É movido a energia elétrica obtida de uma tomada ligada na rede e complementada com energia produzida a bordo, por uma pilha a combustível alimentada com hidrogênio. Isso significa um veículo silencioso, com eficiência energética muito maior que a dos ônibus convencionais a diesel e com emissão zero de poluentes. O que sai de seu cano de descarga é apenas vapor de água, tão limpo que, se condensado, resultaria em água para consumo.
Seu pioneirismo está no fato de terem sido desenvolvidos no Brasil todos os equipamentos e subsistemas tecnológicos importantes para esta aplicação. O sistema de tração elétrica oferece partidas e deslocamentos suaves e permite otimizar o seu desempenho em função do ciclo de rodagem. Os ônibus desenvolvidos na Coppe possuem o mesmo sistema de recuperação de energia cinética utilizado pelos carros de Fórmula 1. A diferença é que na Fórmula 1 esse sistema é voltado para ganho de velocidade e nos ônibus da Coppe para aumentar a eficiência energética e economizar combustível
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