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O Brasil ganhou em 2015 a primeira handbike de competição brasileira. O equipamento tem o mesmo princípio de uma bicicleta comum, considerando algumas peculiaridades: três rodas para manter o aparelho estável no chão quando não está em movimento, freio de mão na roda dianteira e para-choque para proteger de uma batida entre duas handbikes em uma corrida, evitando acidentes. Fabricada em ligas leves e compósitos a base de fibra de carbono, a bicicleta pedalada com as mãos é voltada para atletas de alto rendimento (paraplégicos e tetraplégicos) e conta com avançada tecnologia embarcada, que também funciona como um GPS, possibilitando localizar o atleta a qualquer momento da pedalada.
O equipamento foi desenvolvido pela Vemex em parceria com a Universidade do Vale do Paraíba (Univap) e a Shimano Latin America (SLA). O projeto recebeu financiamento de mais de R$ 1 milhão da Finep. O investimento também foi destinado a um sistema de monitoramento eletrônico, desenvolvido na Univap, que fornece informações fisiológicas do paratleta e dinâmicas da bike em tempo real. Essas medições, que podem ser transmitidas para um aplicativo no celular, são extremamente úteis durante o treinamento do atleta, sobretudo para melhorar a reabilitação e a performance.
Existem três versões da handbike produzida pela Vemex: Bólido SX1, SX2 e CX1. As duas primeiras já estão sendo comercializadas, o que, segundo a empresa, praticamente acabou com as importações de equipamentos semelhantes do exterior. A Bólido CX1, que já foi utilizada em competições oficiais pelo paratleta brasileiro Josimar Sena, é mais avançada da categoria, sendo, inclusive, fabricada sob medida para quem for pilotá-la. Com estrutura de alta resistência de 13,5 kg em liga de alumínio, a handbike atende aos requisitos da União Ciclística Internacional (UCI) e possui sistema eletrônico de transmissão de marchas, amortecedor de direção e encosto de fibra de carbono com kevlar. A escolha desta composição, geralmente utilizada por ciclistas de estrada na subida de montanhas, se deu para garantir uma relação leve aos handbikers, garantindo um baixo esforço na troca de marchas.
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