A abertura da Copa do Mundo de 2014, no estádio Itaquerão, em São Paulo, foi palco de um chute histórico: um cidadão brasileiro paraplégico, por meio de um exoesqueleto controlado diretamente pela mente, desferiu o chute inicial da Copa com um pontapé que não só abriu o evento, mas demonstrou que no Brasil se faz ciência capaz de oferecer a humanidade algo que muitos julgaram impossível. A proposta é considerada pela revista Scientific American uma das dez ideias que estão “além dos limites da ciência atual”. O resultado da pesquisa é fruto de um trabalho de mais de 15 anos, que recebeu a colaboração de diversas instituições de pesquisa em 25 países.
Em 2016, o Projeto Andar de Novo alcançou mais um grande feito. Em 11 de agosto, foi publicado o seu primeiro artigo clínico na revista Scientific Reports, relatando a descoberta de que o grupo de pacientes que continuou a treinar com sistemas controlados pela atividade cerebral, incluindo o exoesqueleto, foi capaz de readquirir a habilidade de mover voluntariamente alguns músculos das pernas e sentir sensações de tato, dor, propriocepção e vibração emanados dos membros paralisados. A divulgação deste estudo clínico repercutiu em todo o mundo de maneira extremamente positiva, instaurando um novo conceito da palavra reabilitação.
Miguel Nicolelis, coordenador do projeto, recebe apoio da Finep por meio de financiamentos a Associação Alberto Santos Dumont para Apoio à Pesquisa, que realiza os estudos científicos no laboratório clínico localizado em São Paulo e também atua em parceria com o Centro de Neuroengenharia da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, onde Nicolelis é professor do Departamento de Neurobiologia e Codiretor do Centro de Neuroengenharia.
Divulgação: AASDAP
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Divulgação: Evento Copa do Mundo