Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Programa Finep InovaDoc incentiva empreendedorismo de pesquisadores e é sucesso em sua primeira edição
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InovaDoc

O Programa Finep InovaDoc encerrou, em abril, o recebimento de propostas com absoluto sucesso. Em sua primeira edição, o programa — que visa mitigar a fuga de cérebros brasileiros para o exterior, dando oportunidade para que doutores(as) e doutorandos(as) possam empreender —, teve 850 inscrições iniciadas e 244 concluídas.

A fuga de cérebros já é qualificada pela Academia Brasileira de Ciências como uma diáspora. Segundo levantamento do CGEE - Centro de Gestão de Estudos Estratégicos, há atualmente de dois a três mil pesquisadores brasileiros no exterior. Esses pesquisadores levam na bagagem conhecimento de ponta e anos de investimento público. Porém, empreender, ou seja, abrir uma empresa sem garantias, para eles, é uma tarefa difícil.

Pensando nisso e na necessidade do País de contar com empresas inovadoras na área de DeepTech (startups e ecossistemas que abraçam sem medo tecnologias complexas e/ou de resolução de problemas de alto impacto), a Finep criou o InovaDoc.

A peculiaridade do Programa é justamente permitir que uma pessoa física — no caso doutores(as) ou doutorandos(as) —, possa apresentar um projeto e só ao final do processo, quando esse for efetivamente selecionado, abrir um CNPJ para que possa ser contratada e receber os recursos.

Serão R$ 50 milhões de recursos FNDCT Subvenção Econômica para apoiar 10 projetos, com R$ 5 milhões cada. A razão do valor substancial por projeto diz respeito ao objeto do Edital — tecnologias já consolidadas, que atingiram um nível de maturidade mínimo de protótipo e cujo produto tenha demanda pelo mercado —, fase em que as soluções tecnológicas não encontram mais, no laboratório, o ambiente de negócios adequado para desenvolvimento e precisam seguir sua evolução em uma empresa.

“Demos mais um passo no sentido de ter um conjunto de programas (Centelha, Tecnova, Finep Startup, Inovacred) que funciona como um kit para esse pessoal que quer empreender e que tem medo e os doutores e doutoras são um caso clássico. Muitos permanecerem na universidade por essa falta de oportunidade, mesmo executando trabalhos que não exigem o longo preparo e investimento de uma carreira científica” explica Marcelo Camargo, Superintendente da Área de Pesquisa Aplicada e Desenvolvimento Tecnológico da Finep.

O edital entra agora na fase de Habilitação, ou seja, de verificação da documentação enviada e da conformidade de todos os itens, e na sequência passa à análise de Mérito.  Para isso, devido à complexidade das áreas temáticas do Programa — biotech, nanotech, healthtech e agritech —, serão convocados consultores ad-hoc para auxiliarem a equipe Finep na análise.