Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Cliente da Finep, Disque-Denúncia faz 20 anos
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O Disque-Denúncia acaba de completar 20 anos de serviços prestados à população carioca. A central, hoje referência no combate ao crime no Brasil e na América Latina, contou com o apoio da Finep em duas fases de sua história. Em 2006, a financiadora investiu R$ 355 mil para a modernização do parque tecnológico da organização e reforma de acomodações. Quatro anos depois, o serviço recebeu R$ 744 mil para a construção de uma de suas principais estruturas de trabalho: a Sala de Situação de Estudos, Vigilância e Inteligência de Natureza Criminal e Informações Analíticas de Segurança Pública.

Com o investimento inicial, foram adquiridos um servidor, um processador, e dois HDs, além de um projetor multimídia, três laptops, um scanner e novos microcomputadores. Também foram feitas reformas no ambiente de trabalho dos funcionários. Para o Coordenador do Disque-Denúncia, Zeca Borges, a parceria com a Finep foi fundamental para o sucesso da organização. “O primeiro investimento foi um pontapé inicial. Nós éramos pobres técnica e tecnologicamente. Compreendemos que poderíamos ir mais longe e atender melhor à população e à polícia. A Finep nos forneceu não só equipamentos, mas também a visão da inovação”, ressalta Borges.

De acordo com ele, é através da Sala de Situação, segundo projeto apoiado pela Finep, que chegam aos profissionais do Disque-Denúncia informações distintas, que são monitoradas e mapeadas, a fim de se verificarem os melhores cenários para a tomada de decisões. O local conta com um moderno video wall, composto por seis telas de 42 polegadas e um software de gerenciamento dessas telas, além de diversos computadores.

“Com a Sala, aumentamos nossa capacidade de informar rapidamente a polícia. Podemos traçar melhores cenários sobre o crime e a violência na cidade, principalmente através do software Tableau”, informa Zeca. O Tableau permite a interação entre o banco de dados do Disque-Denúncia e outros bancos de dados, como os do Instituto de Segurança Pública (ISP) e os da própria Secretaria de Estado de Segurança (Seseg). Com o software, os analistas verificam padrões, identificam tendências e descobrem informações visuais em segundos. “Graças ao Tableau, o que antes era realizado em uma semana, atualmente é feito em apenas 30 minutos ou menos”, comemora o Coordenador.


Números do Disque-Denúncia

Hoje, o Disque-Denúncia recebe em média 1000 ligações por dia. Cerca de 500 delas são denúncias aproveitáveis. Desse total, 10% são consideradas excelentes. “Podemos dizer que o Disque-Denúncia é um garimpo”, resume Zeca. Além dos serviços por telefone, a organização também disponibiliza dois números de celular para queixas feitas pelo aplicativo WhatsApp, cujo grau de aproveitamento das informações é ainda maior: metade das denúncias que chegam pelos smartphones da organização é considerada excelente. O aplicativo ainda tem a vantagem de permitir o diálogo permanente com o denunciante.

Em duas décadas, o serviço recebeu mais de dois milhões de denúncias, tendo encaminhado meio milhão delas às autoridades de segurança. Os resultados também impressionam: mais de 21 mil pessoas foram autuadas em delegacias e cerca de 10 mil armas (como fuzis, metralhadoras, revólveres e granadas) e de 60 mil projéteis foram retirados das mãos de criminosos.

Sobre o serviço

O Disque-Denúncia foi criado em 1995 em respostas à crescente onda de violência que assolava o Estado do Rio de Janeiro. Através da parceria entre lideranças empresarias e comunitárias, foi montada uma organização civil independente que executaria o serviço de atendimento a denúncias da população, com base na experiência internacional do Crime Stoppers. Em parceria com a Secretaria de Segurança do Estado (Seseg), o serviço passou a ser gerenciado por uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), o Instituto Mov Rio. À Mov Rio cabe a gestão do Disque-Denúncia, a difusão das informações e o atendimento à população, enquanto o papel da Seseg é trazer resultados concretos.

A organização atua em diversas frentes, como o serviço Linha Verde, que recebe denúncias sobre crimes ambientais; o Núcleo de Violência Doméstica, que cuida das denúncias de abusos contra crianças, mulheres e idosos; o programa Procurados, que divulga informações sobre os principais criminosos foragidos do Estado do Rio; e o programa Desaparecidos, em parceria com o Ministério Público, que ajuda a localizar pessoas.

Atualmente, cerca de 80 profissionais integram a equipe do Disque-Denúncia, composta por analistas, atendentes, advogados, profissionais da comunicação e policiais. O serviço funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, inclusive nos feriados. O anonimato é garantido e a central não tem rastreamento de ligações. No Rio, o telefone para denúncias é o (21) 2253-1177. Já as denúncias pelo WhatsApp são feitas através de dois números: (21) 96802-1650 para denúncias de procurados e (21) 99626-4393 para informações sobre desaparecidos.

Além do Rio de Janeiro, o Disque-Denúncia administra centrais semelhantes em Recife (PE), Marabá (PA), Parauabepas (PA) e Campinas (SP).