Odir Dellagostin, presidente do Confap, e Celso Pansera, presidente da Finep
O presidente da Finep, Celso Pansera, realizou, na terça-feira (13/12), palestra de encerramento do 62ª Forum Nacional Confap, no auditório do CNPq, em Brasília.
Pansera fez uma exposição sobre a execução orçamentária de recursos não-reembolsáveis da Finep. Lembrou que a recomposição do FNDCT permitiu à Finep contemplar projetos considerados meritórios à época de sua análise, mas que, então, pela limitação de recursos, não puderam ser apoiados. E citou como exemplo os projetos de parques tecnológicos, que, recentemente, receberam recursos da ordem de R$ 240 milhões.
Falou sobre a percepção de uma demanda reprimida relativa ao CT Infra, algo em torno de R$ 2.1 bilhão. E de iniciativas da Finep, como o lançamento, que acontece na quarta-feira, 14/12, de três editais do Proinfra, totalizando R$ 1,2 bilhão.
Mencionou a importância do financiamento reembolsável, que hoje a Finep opera, também, através de agentes financeiros, de modo a dar maior capilaridade à ação e financiar micro e pequenas empresas, onde está a inovação, oferecendo oportunidades de emprego para doutores, pós doutores e mestres, profissionais qualificados que não têm onde trabalhar.
“O dinheiro que que estamos empregando é de fato relevantes pelos empregos que gera, pela inovação de ponta que gera e porque retorna de fato (no caso do crédito reembolsável)”, disse.
Pansera falou ainda da necessidade dos reitores, das ICTs começarem a pensar em criar startups, das universidades criarem seus centros de inovação, seus parques tecnológicos. “É essencial para essa nova realidade que nós podemos criar para CT. E isso é um debate profundo”, disse.
Disse, ainda, ser importante que o pesquisador encare a sua condição de conhecimento como uma realidade que tem impacto na sua vida pessoal, da sua família e que gera grande inovação e benefícios para a população como um todo.
“Estamos em um momento bom para isso. Temos um governo que está olhando para essa questão. Temos um fundo que permite fazer isso. Um ecossistema complexo, mas que tem resiliência e demonstrou essa resiliência durante seis anos duros. Temos servidores públicos muito preparados. É o momento de trabalhar, buscar mais recursos mais financiamento, mas, particularmente adaptar, preparar o sistema para mudarmos a realidade da Ciência, da Tecnologia e da Inovação, chegar entre os 20 mais inovadores pode ser um desejo nosso. E as Faps são determinantes nesse processo”, concluiu.