Da esquerda para a direita, Carlos Aragão, André Nunes e Marcelo Valente
O Diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Carlos Alberto Aragão, o gerente do Departamento de Infraestrutura de Pesquisa, André Nunes e o analista do Departamento de Educação e Pesquisa Básica, Marcelo Valente, participaram, nos dias 17 e 18 de outubro, da Reunião Anual 2023 do Comitê Científico do Programa AmazonFACE. O encontro teve objetivo a finalização e aprovação do Novo Plano Científico do Programa, considerando o início do experimento previsto para 2024.
O AmazonFACE é um programa de pesquisas científicas que permitirá testar o impacto do aumento do CO² atmosférico na maior floresta tropical do mundo. O foco central do programa é um experimento de campo de alcance sem precedentes que irá expor uma área da floresta madura na Amazônia a uma concentração de CO2 50% maior que a encontrada atualmente na atmosfera. Trata-se de uma infraestrutura de seis anéis, cada um formado por 16 torres de alumínio, com 35 metros de altura por 30 de diâmetro. Em três desses anéis haverá injeção de CO², os demais serão utilizados para controle. Os dados recolhidos permitirão aos cientistas compreender como as florestas tropicais devem responder, em diferentes cenários futuros de emissões de carbono, preenchendo uma lacuna na pesquisa internacional em ciências climáticas. Com esse melhor entendimento, soluções mais detalhadas para vários cenários de emissões poderão ser desenvolvidas.
A Finep apoia o AmazonFACE com recursos não-reembolsáveis do FNDCT da ordem de R$ 32 milhões. O projeto é uma encomenda do Ministério da Ciência e Tecnologia e está sendo desenvolvido pelo INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. É o primeiro experimento do gênero já realizado em uma floresta tropical, que permitirá observar como irão reagir a essa dose elevada de carbono 1400 árvores de 400 espécies diferentes.
Localizado em uma estação de pesquisa do INPA, 80km ao norte de Manaus, o experimento usa a tecnologia “Free-Air CO2 Enrichment” (FACE). Através dele, o programa busca catalisar ciência de ponta sobre a resiliência da maior floresta tropical do mundo frente às mudanças climáticas. Esse conhecimento é fundamental para orientar políticas de mitigação e adaptação a essas mudanças, envolvendo a região Amazônica.
O FCDO - Foreign, Commonwealth and Development Office, do Reino Unido, financiou o envolvimento do Met Office (serviço nacional de meteorologia do Reino Unido) no programa AmazonFACE. O Reino Unido está contribuindo com 7,3 milhões de libras para o projeto.
Iniciado no fim de 2022, o projeto tem prazo de execução em 2027.
