Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Apoio da Finep viabiliza construção do primeiro robô autônomo para desinfecção de ambientes da América Latina
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 robo desinfeccao

Ele é fruto da pandemia, prova de que crises podem mesmo ser lidas como oportunidades. Em 2020, quando a Covid-19 se alastrava pelo mundo ameaçando vidas, a empresa Instor Projetos e Robótica, especializada em robótica móvel e inteligência artificial aplicada a áreas como segurança do trabalho e exploração de petróleo e gás, se inscreveu em uma chamada pública lançada pela Finep, que buscava “Soluções Inovadoras para o combate ao Covid-19”. Do projeto nasceu o robô Jaci, que atua na desinfecção hospitalar, cujo nome significa deusa da lua na mitologia Tupi-guarani.

O equipamento usa luz ultravioleta e névoa ozonizada para prevenir e reduzir a propagação de agentes infecciosos como bactérias, fungos e vírus em ambientes hospitalares. As primeiras unidades eram operadas por controle remoto, o que já representava um avanço. O controle à distância eliminava qualquer efeito danoso nos operadores e ampliava a desinfecção inicialmente feita apenas nas superfícies usando solventes químicos pesados, então abrangendo também a desinfecção do ar.

Agora, graças ao Programa Finep Startup, o novo modelo autônomo, desenvolvido pela Instor com o apoio do grupo Phi Robotics Research Lab, do Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pode virar realidade e receberá recursos Finep da ordem de R$ 1,2 milhão para otimizar a solução e escalar o negócio. Há hoje quatro equipamentos em operação, um em sua versão autônoma, em São Paulo. 

A tecnologia que garante a autonomia do Jaci permite que, deixado em um ambiente totalmente desconhecido, sua luz vá incidindo sobre as superfícies à medida em que ele vai se deslocando, liberando a quantidade de energia necessária para a desinfecção. No fim do processo, é possível obter um mapa com a informação da quantidade de energia que incidiu em cada local do ambiente, bem como verificar se alguma região não foi totalmente desinfectada.

O uso da névoa ozonizada é outro diferencial do modelo autônomo. Durante o funcionamento, o robô marca os pontos dos quais não conseguiu a aproximação necessária para que a luz incidisse como deveria e então volta a esses locais e dispara a névoa ozonizada. No final do processo de desinfecção, o robô cria um relatório com todo o mapa do ambiente, níveis de UVC e pontos onde foi usada a névoa ozonizada. Ambas versões possuem uma plataforma online que permite gerenciar a limpeza e a desinfecção dos ambientes.