Uma das poucas empresas brasileiras a fabricar o fludesoxiglicose, FDG ( 18 F), radiofármaco para diagnósticos por imagem em PET-CT para a detecção precoce do câncer - a Holding R2IBF está lançando, no mercado nacional, mais um produto inovador. Após vencer os desafios da etapa regulatória, concluiu, em escala comercial, a produção do primeiro radiofármaco à base de flúor para diagnóstico precoce e estadiamento de câncer de próstata do Brasil: o PSMA 1007 (18 F). “Trata-se de um radiofármaco de grande importância no manejo terapêutico dos pacientes, sendo capaz de identificar lesões muito pequenas e tumores metastáticos.”, afirma Dra Desiree Zouain, Coordenadora de P&D&I da R2IBF.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de próstata acomete, anualmente, 66 mil novos brasileiros, sendo que um em cada nove homens pode manifestar a doença ao longo da vida. Trata-se de uma doença silenciosa que, se não detectada precocemente, pode agravar significativamente o quadro do paciente, levando-o, inclusive, à morte.
O PSMA 1007 (18 F) foi desenvolvido inicialmente na Alemanha e é o que há de mais avançado no cenário mundial em produção de radiofármacos para diagnóstico e estadiamento de Câncer de Próstata. O uso desse radiofármaco é feito por intermédio de um exame realizado com PET-CT (Tomografia Computadorizada por Emissão de Pósitrons), que é um diagnóstico por imagem para doenças de alta complexidade. É uma nova, moderna e segura modalidade de imagem que permite a avaliação adequada do câncer de próstata, desde antes da cirurgia até casos em que o PSA passa a subir – permitindo a avaliação precoce de recidiva de câncer de próstata e novos tratamentos mais adequados a cada caso.
Desenvolvido com o apoio da Finep/MCTI, que destinou recursos para pesquisas de quatro novos radiofármacos inovadores, o novo marcador está sendo produzido na fábrica da R2IBF em Duque de Caxias - RJ. Inaugurada em abril de 2019, a construção da nova unidade fabril da R2IBF também contou com financiamento da Finep/MCTI, no valor total de R$ 18 milhões. Além do PSMA 1007 (18 F), os demais medicamentos, todos na área de medicina nuclear, serão destinados principalmente ao diagnóstico da doença de Alzheimer, metástase óssea e câncer.
“A Finep/MCTI tem financiado, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), diversos projetos de alto impacto. O projeto da R2IBF é exemplo da importância do apoio da Finep/MCTI para que a ciência possa se transformar em inovação e benefício para a sociedade. Sem dúvida, o novo radiofármaco aumenta a eficácia do diagnóstico e permitirá o início do tratamento da patologia o quanto antes”, afirma o diretor de Inovação da Finep/MCTI, Alberto Dantas.
A R2IBF já possui licença de excepcionalidade para produzir o PSMA 1007 (18 F) na planta de São José do Rio Preto-SP, em parceria com o INSCER-PUC/RS em Porto alegre. A partir da planta do Rio de Janeiro, a holding atenderá também demandas de outros Estados das regiões Sudeste e Nordeste do país.