A pesquisa de um creme protetor inédito que será empregado pela empresa Goiana Vitalife – Indústria de Cosméticos Ltda, no desenvolvimento de uma luva antisséptica hidratante para profissionais da saúde, de ação imediata e prolongada, acaba de receber recursos de R$ 742,5 mil da Finep, financiadora do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Esse projeto é o primeiro aprovado no edital que destinou R$ 8 milhões, em recursos de subvenção econômica do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), para apoio ao desenvolvimento de Equipamentos e Sistemas de Proteção Individual (EPI) e Coletiva (EPC). O investimento tem como objetivo garantir a segurança biológica e a proteção de equipes da cadeia de atendimento médico-hospitalar da Covid-19.
A Finep/MCTI recebeu, ao todo, 81 propostas ao edital, das quais 31 foram habilitadas, com uma demanda de R$ 26 milhões, e 11 aprovadas. O perfil das empresas concorrentes ao edital foi de 86% de micro e pequenas, 10% de médias, 2% de média grande e 1% de grandes empresas.
“O projeto da Vitalife também inaugura a lista como o primeiro na modalidade de recursos não reembolsáveis de subvenção econômica a receber a assinatura digital da Finep/MCTI. “Nós já estamos assinando eletronicamente todos os contratos de financiamento direto, com recursos reembolsáveis, e os convênios com Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação. A partir de agora vamos estender esta tecnologia a todos os instrumentos operados pela Financiadora, sejam convênios, subvenções econômicas e financiamentos reembolsáveis”, disse o diretor de Inovação da Finep/MCTI, Alberto Dantas.
O produto a ser desenvolvido pela Vitalife é destinado à proteção dos membros superiores contra agentes químicos. No caso em questão, trata-se de agente biológico inédito, que oferece uma solução inovadora para o problema enfrentado, principalmente por profissionais de saúde, pacientes, e equipes de enfrentamento da Covid 19 com peles sensíveis, hiper-reativas e alérgicos a agentes químicos das luvas de latex. O objetivo é a pesquisa, desenvolvimento, criação, registro e produção industrial, em caráter de urgência, de formulação dermocosmética inovadora de um novo EPI, como alternativa às luvas nitrílicas e com materiais sintéticos que não são anti-alérgicos.
Sem necessidade de enxague, com melhor perfil de eficácia, segurança e conforto até em relação ao álcool em gel e outros processos de descontaminação das mãos, a luva atende também o público infantil, por sanar problemas relacionados ao uso de formulações à base de álcool. O novo produto supre, ainda, necessidades cada vez maiores de matérias-primas para atendimento ao cenário emergencial de prevenção e controle da disseminação do vírus SARS-CoV2.