Francisco Moreto, CEO do Instituto Atlântico, o deputado federal Odorico Monteiro e Wanderley de Souza, diretor da Finep
O diretor científico-tecnológico da Finep, Wanderley de Souza, recebeu na sexta-feira (09/11) o deputado federal Odorico Monteiro e o CEO do Instituto Atlântico, Francisco Moreto, para conversar sobre os resultados do financiamento à plataforma de inteligência em governança na área de Saúde GISSA. Ao todo, foram cerca de R$ 8 milhões da Finep para o projeto. GISSA fornece um conjunto de elementos que envolvem gestão do conhecimento, mecanismos de inferências e captura de informações de forma sistêmica permitindo a integração destas em ações para tomada de decisão nos cinco domínios da gestão de saúde: clínico epidemiológico, técnico-administrativo, normativo, gestão compartilhada, gestão do conhecimento.
Em outras palavras, trata-se de um mecanismo hoje em nuvem que conversa automaticamente com os dados dos sistemas de saúde oferecidos pelos municípios, possibilitando cruzamentos de informações e alertas em diferentes níveis, com precisão e instantaneidade. Exemplo: um cidadão comum, via GISSA, pode saber em que locais de uma cidade são fornecidas vacinas para determinadas enfermidades. Já o prefeito da mesma localidade terá acesso ao controle geral de enfermos, índices de possíveis óbitos, ou seja, todo o conjunto de subsídios para uma tomada de decisão da administração pública.
Decisão, aliás, é o que norteia a filosofia da plataforma. “Quando falamos de saúde, tomar uma decisão também depende da pessoa física, já que ela precisa querer saber se apresenta alguma doença. Por isso, dizemos que o sistema atua em todos níveis”, diz Odorico, que também é médico e professor da Universidade Federal do Ceará.
Foi o Instituto Atlântico, especializado em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e com um Prêmio Finep na estante, quem pautou a necessidade de um projeto nesses moldes e liderou a frente que envolveu profissionais de medicina e TIC da UFC e do Instituto Federal do Ceará. “O projeto atua na fronteira do conhecimento e foi testado em Tauá (área materno-infantil), município cearense da região dos Inhamuns, segundo maior em área territorial no estado”, diz Francisco Moreto.
Segundo Moreto, é possível garantir que, em cidades com menos de 30 mil habitantes, o GISSA teria um custo de R$ 17 mil por ano às prefeituras. Já foi assinado contrato de transferência de tecnologia para a startup cearense de eHealth Avicena, que desenvolve e comercializa tecnologias de gestão Inteligente para a saúde. Agora, a empresa vai atrás de financiamento para proporcionar escalabilidade ao produto. “Ele pode – e vai – promover uma revolução na saúde brasileira”, completa Odorico.