Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Finep abre comemorações de seu cinquentenário com presença do ministro Kassab
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Ministro do MCTIC, Gilberto Kassab, durante o lançamento do ano
do cinquentenário da Finep (Foto: João Luiz Ribeiro / Finep)

“Não se faz ciência, pesquisa e inovação sem recursos públicos”, afirmou o ministro do MCTIC, Gilberto Kassab, na cerimônia que marcou o início das comemorações do cinquentenário da Finep, no dia 1/8, na sede da financiadora, no Rio. Segundo Kassab, “apesar da conjuntura econômica nada favorável, estamos juntos no mesmo esforço para sensibilizar Congresso, Presidência e setores estratégicos para a urgência de se rever o contingenciamento dos Fundos Setoriais”. A Finep completará 50 anos em 24 de julho de 2017.

O presidente da Finep, Wanderley de Souza, apresentou uma visão histórica da empresa, lembrando que a Finep é “onipresente em instituições de pesquisa e universidades de todo o País”, especialmente no apoio em infraestrutura, por meio do CT-Infra. Wanderley citou, também, recente pesquisa do jornal valor Econômico, que lista a Finep como o segundo nome mais lembrado por empresários quando se pergunta qual a fonte governamental mais relevante à inovação no Brasil, sendo a primeira colocada a Lei do Bem. “Oito das dez empresas mais inovadoras no País já tiveram apoio da Finep”, disse.

O ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso, idealizador da Finep, afirmou que “contingenciar recursos em ciência, tecnologia e inovação é uma tolice, porque que é contra o desenvolvimento econômico e social”. Para Velloso, a inovação é agora “uma estratégia global que define uma empresa. Nosso país gasta muito em C,T&I, mas não há a interação necessária entre empresariado, universidades e Governo”. O ex-ministro aponta que a transformação da Finep em instituição financeira – um banco da inovação – seria uma importante mudança de direção para melhores perspectivas, garantindo "uma constância nos investimentos”, disse.

“Os cortes que atingem todo o sistema de C,T&I no momento penalizam inúmeros projetos e instituições num nível imenso. O orçamento do MCTIC caiu para menos da metade do que era em 2103. Estamos aqui para celebrar a trajetória da Finep e para olhar para o futuro, o que significa, em termos práticos, investir agora para voltarmos a crescer”, afirmou o presidente da Academia Brasileira de Ciência (ABC), Luiz Davidovich. O reitor da UFRJ, Roberto Leher, fez coro com o teor da fala de Davidovich, acrescentando que “a Finep é um dos pilares do sistema de C,T&I no Brasil e juntos conseguimos feitos extraordinários num país em que as universidade são relativamente recentes”. Leher afirmou que “é urgente nos interrogarmos sobre o motivo do hiato que existe no Brasil como 7ª economia mundial, 14º colocado em produção científica, mas ainda na 70ª posição no ranking mundial de inovação”.

Estiveram também presentes ao evento o secretário de Ciência e Tecnologia do RJ, Gustavo Tutuca, o ex-ministro Celso Pansera, que é deputado federal e presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia do Congresso, o superintendente do IEL (Instituto Euvaldo Lodi), Paulo Mol, o ex-presidente da Finep Luiz Fernandes, além de outras autoridades convidadas.