Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Finep, CNPq e CAPES debatem fomento governamental
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cnpq 2016
Hernan Chaimovich, presidente do CNPq.

"Ciência, tecnologia e inovação foram usados por grandes países para sair de qualquer crise". Com esta frase, o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Hernan Chaimovich, abriu a fala em que debateu com o presidente da Finep, Wanderley de Souza, os desafios do financiamento público à inovação. Também participou do evento, ocorrido na quarta (6), o diretor de Programas e Bolsas no País substituto da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Adalberto Grassi Carvalho. Todos apontaram que o Brasil ainda falha na avaliação de resultados e impactos dos apoios.

"É, sem dúvida, um problema que temos de atacar e que está no radar da Finep", afirmou Wanderley, que dividiu outra preocupação com Hernan: as fontes de orçamento. "A partir de 2012, o orçamento do CNPq só faz cair. Perdemos capacidade de formulação de políticas e precisamos reconhecer: arrefecemos a luta por mais dinheiro em razão da antiga fase de crescimento do FNDCT", lamentou.

O presidente da Finep afirmou que tem a pagar R$ 2 bi via FNDCT (Fundo Nacional do Desenvolvimento Científico Tecnológico), dos quais R$ 619 milhões deveriam ser quitados imediatamente. "Lidamos com o equilíbrio entre a construção de políticas públicas novas no atual contexto e o pagamento do que ainda temos a honrar", explicou.

Chaimovich fez um questionanento que mexeu com a plateia: "De quanto vocês acham que CNPq precisaria para operar sua missão de forma completa? A resposta: R$ 3,7 bi. Mas hoje temos cerca de R$ 900 milhões. Não penso estar sonhando alto se vivemos num país cujo Produto Nacional Bruto é de 3 trilhões de dólares", provocou.

O presidente do CNPq também lamentou que os papers e teses produzidas (o Brasil ocupa o 13o lugar no ranking de artigos científicos) não gerem impacto prático relevante na cadeia produtiva. Adalberto Grassi corroborou esta opinião: "pensamos em editais para áreas estratégicas justamente para solucionar as questões fundamentais e práticas do país".