Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Finep e BNDES lançam plano de apoio para indústria química de R$ 2,2 bi
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Finep e BNDES lançam o PADIQ durante reuinão na CNI, em SP (Foto: Marcos Issa/CNI)

Os presidentes da Finep, Luis Manuel Rebelo Fernandes, e do BNDES, Luciano Coutinho, lançaram, no dia 31/7, o Plano de Desenvolvimento e Inovação da Indústria Química (PADIQ), durante encontro da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo. O plano vai coordenar as ações de fomento à inovação e a investimentos produtivos, integrando os instrumentos de apoio financeiro das duas instituições destinados a projetos da indústria química no País.

O PADIQ prevê R$ 2,2 bilhões para as operações contratadas no período de 2016 a 2017 nas seis linhas temáticas selecionadas para o primeiro edital, voltado para os segmentos de aditivos alimentícios para animais; derivados do silício; fibra de carbono; químicos para exploração e produção de petróleo; matérias primas para cosméticos; e químicos obtidos a partir de fontes renováveis.

"Houve grande crescimento das ações de crédito tanto da Finep, quanto do BNDES, para inovação. Ou seja, são políticas distintas cooperando em diferentes setores via Inova Empresa, que se dá em porta única. Este é o caminho também na indústria química: nós podemos e devemos incrementar os investimentos públicos em parceria. Mas ele sempre será mais eficaz se promovermos a cultura da inovação empresarial no Brasil", disse Luis Fernandes.

O novo plano atuará em projetos de inovação, desenvolvimento de mercados e investimentos industriais dentro das linhas definidas a partir do diagnóstico do Estudo de Diversificação da Indústria Química, financiado pelo Fundo de Estruturação de Projetos do Banco (BNDES FEP) e concluído no final do ano passado. O estudo, realizado pelas empresas Bain Co. e Gas Energy, mapeou oportunidades de investimentos em diversos segmentos após extensa coleta e análise de informações e amplo debate com empresas e associações do setor químico.

“É preciso alargar o conjunto de vetores para recuperação da economia”, afirmou Luciano Coutinho, que, além do PADIQ, citou também os programas de investimentos em infraestrutura logística, em energia e no agronegócio. Segundo ele, esses vetores se rebatem na indústria por meio do fornecimento de equipamentos, de tecnologias e materiais. “A indústria tem que aproveitar essas oportunidades”, disse.

As empresas poderão participar do processo de seleção individualmente ou em parceria com outras companhias ou Instituições Científicas Tecnológicas (ICTs). Os planos de negócio deverão ter um valor mínimo de R$ 1 milhão para desenvolvimento tecnológico e de R$ 20 milhões para instalação de plantas industriais.

O edital estará disponível para consulta nos sites do BNDES e da Finep no mês de setembro.

Inova Empresa

A bem sucedida parceria entre o BNDES e a Finep no apoio à inovação pode ser avaliada nos resultados do Plano Inova Empresa, lançado em 2013. No período 2013/2014, o programa contratou um total de R$ 36,8 bilhões em projetos, superando as expectativas.

O Inova Empresa atua nas áreas estratégicas de Energia (R$ 7,6 bilhões em projetos contratados), Petróleo e Gás (R$ 2,2 bilhões), Complexo da Saúde (R$ 4,9 bilhões), Complexo Aeroespacial e Defesa (R$ 3,6 bilhões), Tecnologia da Informação e Comunicação (R$ 5 bilhões), Sustentabilidade Socioambiental (R$ 2,3 bilhões) e Cadeia Agropecuária (R$ 2,3 bilhões). Além disso, o programa tem em sua carteira um total de R$ 8,7 bilhões contratados para projetos de outras áreas.