Apoiada pela Finep com cerca de R$ 1,4 bilhão, a iniciativa está voltada à consolidação do agronegócio dos produtos e derivados da caprinovinocultura no Nordeste, projeto que será capaz de zerar a mortalidade de caprinos e ovinos no sertão e tornar a região competitiva na produção de carne, carcaças, leite e derivados. Os experimentos são da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa), que coordena as ações do Agrocapri, projeto pensado para apoiar uma saída estratégica que garanta emprego e renda aos pequenos produtores locais.
A pesquisa se sustenta num conjunto de ações inovadoras em que se destacam os Blocos Multinutricionais para a suplementação alimentar dos rebanhos no período de seca; a produção de leite de cabra durante todo o ano; o melhoramento genético através de cruzamentos e inseminação; e a padronização de carcaças de cordeiros e cabritos de corte.
Além de simples e de baixo custo, os Blocos Multinutricionais têm tudo o que os animais precisam para sobreviver à seca. Trata-se de uma composição de melaço, ureia pecuária, sal comum e mineral, proteína e cal hidratada. Essa mistura é feita em uma betoneira e moldada em forma de blocos que, depois de secos, são oferecidos aos animais com mais de 70 dias de vida.
O governo, via Emepa, comprou 45 dessas betoneiras. Quinze foram para os pequenos produtores a um preço simbólico de R$1 mil. As outras 30 para 24 associações de classe, como é o caso da de Juazeirinho, cujo presidente, José Adauto de Macedo Torres, acredita que “a mortalidade por fome, antes em torno de 10% a 15% do rebanho, já caiu para 3% e, com o tempo, pode ser zerada.”
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