Foto: Luara Baggi/ASCOM MCTI
A Finep, agência vinculada ao Ministério da Ciência, Inovação e Tecnologia (MCTI), anunciou, nesta terça-feira (11/11), durante a COP 30, três novas fontes de investimentos para empresas e instituições que totalizam R$ 460 milhões. O edital Pró-Amazônia 2025, voltado para a região da Amazônia Legal, disponibilizará R$ 150 milhões para equipamentos, serviços, bolsas de pesquisa, entre outros benefícios, a propostas voltadas para as áreas de biotecnologia e valorização da biodiversidade, energias renováveis, gestão de recursos hídricos, desenvolvimento urbano sustentável, saúde pública e tecnologia da informação e comunicação (TICs), inteligência artificial e conectividade.
Segundo o presidente da Finep, Luiz Antônio Elias, as iniciativas visam à expansão e fortalecimento da ciência, tecnologia e à preservação memória científica e cultural nacional. "Sobretudo, o lançamento dos editais durante a COP30 demonstra o compromisso estratégico da Finep com a inovação sustentável, valorizando a biodiversidade e promovendo impacto direto para a população", destaca Elias.
Em uma segunda frente, com investimentos de R$250 milhões, a Finep anunciou o lançamento do edital Recuperação e Preservação de Acervos 2025, que selecionará propostas para a concessão de apoio financeiro a projetos de recuperação, preservação, digitalização e difusão de acervos de arquivos, bibliotecas, centros de memória, herbários, institutos e museus. Os recursos são do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), do qual a Finep é gestora. Em relação ao edital de 2024, houve o aumento de valor mínimo por proposta, que agora é de R$ 1 milhão, e o valor máximo será de R$ 10 milhões, com prazo de execução em 36 meses. Os recursos serão aplicados em duas categorias: acervos científicos e acervos históricos e culturais. Entre as principais novidades, está o apoio às propostas que favoreçam o acesso físico e/ou digital da Pessoa com Deficiência (PCD).
Na ocasião, a Finep também lançou o edital Fundos de Investimento em Bioeconomia e Sustentabilidade. A iniciativa prevê o investimento de R$ 60 milhões em até dois fundos de investimento (FIPs), que invistam em participações acionárias de empresas que atuem com projetos de bioeconomia e sustentabilidade. O valor do investimento também é proveniente do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
Como Funciona?
O processo de seleção dos FIPs contempla quatro etapas, incluindo habilitação de documentos, análise de mérito, avaliação por banca especializada e due diligence técnica e jurídica. Os fundos interessados em participar do processo poderão enviar suas propostas até o dia 15 de dezembro.
Além de critérios como política de investimento, histórico do gestor e governança, o edital valoriza, na etapa de mérito, fundos que possuam a certificação de investimento sustentável da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), embora essa não seja uma exigência obrigatória. Também valoriza a questão da diversidade da Equipe Chave da Gestora do Fundo. O resultado está previsto para abril de 2026.
Após o edital, o FNDCT passará a ser cotista dos FIPs selecionados e com os aportes financeiros. A expectativa é de que estes Fundos, através de participação acionária, possam investir em empresas, que devem, obrigatoriamente, ter sede no Brasil e estar alinhadas à Lei da Inovação.
O público-alvo final do investimento é formado por empresas inovadoras que desenvolvem projetos que fortalecem as cadeias produtivas baseadas na economia circular e no uso sustentável e inovador da biodiversidade, contribuindo para seu desempenho econômico e impacto ambiental e social na região.
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