Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Finep assina R$ 22,5 mi para projeto do Jardim Botânico do Rio voltado ao uso sustentável da nossa biodiversidade
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Na quinta, 22/5, o presidente da Finep, Celso Pansera, assinou a encomenda Biodiversa Brasil, no Jardim Botânico do Rio, no valor de R$ 22,5 milhões. O objetivo do projeto é fornecer a base científica necessária para a formulação de políticas públicas voltadas à conservação e ao uso sustentável da biodiversidade brasileira. Para isso, o projeto se concentrará na estruturação de redes cooperativas para a integração de catálogos e bases de dados sobre a biodiversidade nacional.


O principal produto será o Catálogo da Vida do Brasil – uma plataforma digital de acesso público que reunirá informações científicas validadas por especialistas, que permitirá suporte técnico-científico para a tomada de decisões em conservação ambiental, saúde pública, agricultura e biotecnologia. Além disso, o projeto busca estabelecer canais eficazes de colaboração entre comunidades científicas e tomadores de decisão governamentais para promover a padronização e a validação de dados biológicos.

Durante a cerimônia, Celso Pansera falou ao público presente sobre o apoio da financiadora para o Jardim Botânico e a importância dessa entidade para o país.

“Assinamos há algumas semanas dois editais aqui no Jardim Botânico, um de Infraestrutura Científica e outro de Recuperação de Acervos. Hoje, vamos assinar mais um contrato de R$ 22,5 milhões, referente ao programa Política Consciente, uma iniciativa conjunta da Finep e do MCTI”, destacou Pansera. “Com isso, estamos investindo mais de R$ 35 milhões no Jardim Botânico, reconhecendo que não se trata apenas de um santuário da natureza, mas, também, um espaço fundamental para a ciência nacional e para a preservação do meio ambiente do país”.

Sergio Besserman, presidente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, reforçou o papel que a instituição possui em “unir o velho tema da aproximação universidade e inovação para o Jardim Botânico”. O dirigente destacou o trabalho dos outros funcionários do local na busca por esse objetivo e ressaltou: “Nós temos uma atribuição nesse grande universo, com a qual temos uma importância tão grande, que é específico, em respeito à preservação das espécies ameaçadas de extinção na flora brasileira. Para isso, não se deve deixar para trás as espécies vulneráveis. Se você deixa para trás os vulneráveis, a sua promessa de preservação tem uma lacuna”.

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, falou sobre a importância de uma política pública engajada com a luta ambiental. “Aqui nós temos todas essas diretrizes estabelecidas, dos instrumentos econômicos ao fortalecimento do sistema nacional. Sem o funcionamento integrado entre eles, não é possível estabelecer um projeto sustentável.”

Também participaram do evento Anielle Franco, ministra do Ministério da Igualdade Racial, Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, Iara Vasco, diretora de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do Instituto Chico Mendes, Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, Fernando Peregrino, chefe de Gabinete da Finep, entre outras personalidades políticas e do ecossistema científico.


Sobre o Jardim Botânico
O JBRJ é um órgão federal vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática e se tornou um dos mais importantes centros de pesquisa mundiais na área de botânica e conservação da biodiversidade, com uma infraestrutura de pesquisa robusta e multidisciplinar, essencial para a geração e disponibilização de conhecimento sobre a biodiversidade brasileira. Ele detém uma das maiores capacidades instaladas para armazenamento, gestão e fornecimento de dados sobre a biodiversidade, além de participar ativamente de iniciativas como o SiBBr, Reflora e Refauna, com um corpo técnico qualificado para gestão de dados biológicos.

O JBRJ abriga uma Rede de Laboratórios Multiusuários, estruturada para oferecer suporte a diferentes linhas de pesquisa, que promovem o desenvolvimento de estudos em anatomia vegetal, química de produtos naturais, genética, ecologia e interações biológicas e o maior Herbário da América do Sul, documentando mais de 880 mil amostras que incluem exsicatas, xiloteca, carpoteca, fototeca, bancos de sementes, tecidos e DNA, além de uma coleção etnobotânica.