O presidente da Finep, Celso Pansera, participou do encontro de autoridades brasileiras – lideradas pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira – e representantes da Universidade Agrícola da China.
Na pauta, a cooperação entre os dois países na área de agricultura familiar, em bioinsumos, dentre outros temas, e ênfase na mecanização agrícola. O conhecimento acadêmico aplicado à produção com tecnologia marcou as falas de Teixeira e Pansera. Foi assinado protocolo de intenção entre a instituição chinesa e a Universidade de Brasília (Unb).
A ideia é que a Finep dê apoio a estas iniciativas, tanto no desenvolvimento de novos equipamentos aproveitando a expertise do país, como também financiando empresas que já tenham máquinas desenvolvidas e precisem inseri-las no mercado.
O foco em conteúdo nacional é prioritário, mas há, ainda, a sinalização da chegada, no Rio Grande do Norte, de maquinário chinês de sete empresas (22 tipos de equipamentos e 31 unidades) para testes e validação. O governo do estado planeja, ainda, ver instalada uma fábrica chinesa com tecnologia voltada, justamente, à agricultura de caráter familiar, destacou o secretário que cuida do tema, Alexandre Lima.
Hoje, a Região Nordeste responde por 50% da agricultura familiar praticada no Brasil, mas o índice de mecanização é de 2%. O líder do MST, João Pedro Stédile, reforçou a importância do investimento no campo a partir da produção de famílias, e sinalizou importantes demandas, como o apoio à produção de fertilizantes orgânicos, intercâmbio de sementes de arroz e trigo e energia solar concentrada.
A China vem assistindo a um movimento de decréscimo populacional e, neste sentido, parcerias com países como o Brasil apontam a manutenção dos atuais patamares de produção.