A Finep Inovação e Pesquisa, empresa púbica vinculada ao Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações (MCTI), vai destinar R$ 187,4 milhões para apoio a estudos clínicos de fase III de duas novas vacinas contra o SARS-COV-2, cujo Insumo Farmacêutico Ativo está sendo desenvolvido por pesquisadores brasileiros em Instituição Científica e Tecnológica do Brasil ou em parceria internacional, com acordo de transferência de tecnologia para ICTs nacionais.
A boa notícia é resultado da Seleção Pública MCTI/FINEP/FNDCT Subvenção Econômica à Inovação – 02/2022, que chegou à sua etapa final de seleção de propostas. O objetivo do edital é conceder recursos de subvenção econômica para empresas realizarem Ensaios Clínicos (Fase III) que possibilitem verificar a tolerabilidade, segurança, eficácia e imunogenicidade de vacina nacional contra a Covid 19.
Uma das propostas aprovadas, no valor de R$ 121,2 milhões, é a da vacina SpiN-Tec MCTI, que induz imunidade celular e está sendo desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a empresa farmacêutica Hipolabor e a Fundação Ezequiel Dias (Funed). A segunda selecionada, com recursos da ordem de R$ 66,1 milhões, é na linha de transferência de tecnologia, com participação de ICTs nacionais. Trata-se da vacina RNA MCTI, fruto de uma parceria entre o Senai-Cimatec, a farmacêutica Cristália e o HDT, parceiro internacional do projeto.
Esta ação, coordenada pelo MCTI através da Finep e do CNPq, principais agências de fomento da C,T&I do país, dá continuidade ao apoio financeiro que começou desde as fases iniciais da pesquisa até a realização dos ensaios clínicos de forma coordenada. “Com recursos de Subvenção Econômica foi possível viabilizar a integração entre ciência de alto padrão, já apoiada com as ICTs, e o interesse empresarial em projetos com risco tecnológico associado”, afirmou a equipe técnica responsável pelo edital.
A pandemia demonstrou a necessidade de o Brasil possuir infraestrutura e recursos humanos capacitados para o enfrentamento de viroses emergentes, necessitando de iniciativas que reduzam a dependência externa do país. Caso os resultados nos ensaios clínicos da Fase III das sejam positivos, o Brasil passará a dispor não de novas plataformas de desenvolvimento de vacinas para as futuras variantes do Sars-Cov-2, como poderá se beneficiar com uma maior agilidade no desenvolvimento de pesquisas para outras viroses respiratórias.