Um conjunto de novas iniciativas de combate à burocracia, que incluiu maior controle e a modernização do sistema de financiamento à C,T&I, fez com que a Finep Inovação e Pesquisa, empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), alcançasse, na última sexta-feira (20 de maio) um recorde histórico de tempo gasto na contratação de um projeto de crédito. Foram ao todo 70 dias entre o recebimento da solicitação de financiamento até a assinatura do contrato com a empresa Belov Engenharia Ltda, o que representa uma redução de cerca de 50% no tempo médio tradicionalmente gasto neste tipo de operação.
O projeto entrou na Finep/MCTI para análise no dia 11 de março de 2022 e foi assinado no dia 20 de maio. “É realmente um tempo muito curto, eu costumo dizer que é mais rápido que o crédito imobiliário”, afirmou o diretor de Inovação da Finep/MCTI, Otavio Burgardt. Segundo ele, “os ajustes dos processos internos, modernização de procedimentos e medidas de controle e gestão das diversas áreas envolvidas nos processos, fizeram com que a Finep/MCTI esteja pronta para execução, em tempo recorde, das demandas de inovação no Brasil”, disse o executivo, que pretende não só manter o prazo para os próximos contratos, como reduzir ainda mais o tempo de operação.
Segundo o diretor Financeiro, de Crédito e Captação da Finep/MCTI, Adriano Lattarulo, “trata-se de uma conquista importante, fruto de diversas ações que tem ajudado a reduzir o tempo médio das operações, como a contratação de um serviço especializado de avaliação de imóveis e o aprimoramento do acompanhamento de cada etapa, além de atualizações normativas visando uma maior celeridade no processo”.
A meta é persistir na busca de um prazo cada vez menor, conforme previsto no planejamento estratégico de longo prazo da Companhia. Outro fator que contribuiu para a agilidade do processo foi um maior interesse por parte da empresa contratada, que cumpriu com todos os prazos acordados.
Com o financiamento da ordem de R$ 43 milhões da Finep/MCTI, a Belov colocará em prática uma solução inédita para a indústria de óleo e gás do Brasil. Trata-se de uma embarcação offshore tipo OTSV, que será obtida a partir da conversão de um barco comum (PSV), especializado no apoio às plataformas oceânicas de perfuração ou produção e que conta com diversos equipamentos, podendo executar tarefas de abastecimento, reboque, pesquisa e até resgate.
OTSV é uma sigla em inglês para Offshore Terminal Support Vessel, ou seja, Embarcação de Apoio a Terminais Oceânicos. Essa embarcação especial será totalmente adaptada para prestar serviços de apoio às plataformas tipo FPSO/FSO, nas operações de descarga de petróleo para os navios tanques (offloading). Devido à sua exclusividade, com grande quantidade de equipamentos especiais, o navio tipo OTSV não é comercializado em lugar nenhum do mundo.