Henrique Vasquez é gerente do Departamento de Química, Metalurgia e Materiais da Finep
A Finep está participando de rodadas de debates com empresas dispostas a participar da transição para uma Economia Circular. No dia 23/9, a Agência organizou, em parceria com a Exchange 4 Change, na Unidade Regional de São Paulo, o Workshop de Fomento para uma Rede de Economia Circular no Brasil. O próximo evento “Economia Circular e a Indústria do Futuro” é uma iniciativa da Confederação da Indústria (CNI) e acontece hoje (24/9), no WTC Events Center, em São Paulo. O objetivo é discutir a adoção de princípios de circularidade e o desenvolvimento de novos mercados e cadeias produtivas para a indústria.
“Entendemos que a Economia circular é um tema fundamental não só para fazer bom uso dos recursos naturais, mas também para restaurá-los”, disse Henrique Vasquez, gerente do Departamento de Química, Metalurgia e Materiais da Finep. Segundo ele, tecnologias como Iot, inteligência artificial e biotecnologias habilitam a economia circular e promovem mudança de paradigma, que se concretiza por meio de novos modelos de negócios. “Essa é a motivação da Finep com o tema”, afirmou o executivo, que tem divulgado as iniciativas de apoio ao setor da Finep e do MCTIC.
A Finep tem apoiado projetos no setor utilizando, para isso, o crédito. A Agência também conta com um programa – Era-min - que utiliza recursos não reembolsáveis e é específico para o tema, e de uma linha de ação específica para Startups.
O evento do dia 23 foi organizado em parceria com a Exchange 4 Change. Executiva da Companhia, Beatriz Luz, apresentou projeto de uma plataforma para catalisar a colaboração e os negócios em economia circular, que encontra-se em estágio avançado em matéria de engajamento de empresas envolvidas com o tema.
O MCTIC dispõe de dois projetos importantes que traçaram a Rota Estratégica para Banco de Dados em ACV e o Mapa do Caminho para a Economia Circular no Brasil. O Mapa tem por objetivo identificar os principais atores interessados no tema, iniciativas públicas e privadas, bem como barreiras e lacunas, que servirão para desenvolver um roteiro setorial ou específico para a implementação de uma Economia Circular no País.
A economia circular tem sido objeto de atenção nos principais fóruns de governança global (G7 e G20) e nas decisões estratégicas das empresas. Inclusive, o tema será um tópico de discussão na próxima Conferência do Clima - Cop25, no Chile. O Brasil enfrenta, no entanto, desafios institucionais para incluir novos modelos de negócios no processo produtivo. “É preciso avaliar o potencial de inserção de práticas circulares na economia, identificar os obstáculos para a implementação dessa agenda e agir para viabilizá-la”, afirmou Vasquez.
No encontro promovido pela CNI serão abordados temas nas áreas de políticas públicas - a qualidade do ambiente regulatório favorável à transição para a economia circular; modelos de negócio - como compartilhar experiências empresariais do Brasil e de outros países que gerem novos valores e maior competitividade para a indústria; e financiamento – identificação de linhas de crédito que estimulem investimentos em inovação.