Da esquerda para a direita: André Godoy, diretor Administrativo da Finep; Ronaldo Camargo, presidente da Finep; Martin Schröder, diretor da KfW no Brasil; Wanderley de Souza, diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Finep; e Julio Imenes, gerente do Departamento de Cooperação Internacional
A Finep e o Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW) assinaram, nesta terça-feira, 18/12, um acordo de doação, pela instituição alemã, de 4 milhões de euros para a implementação do Programa Inova Clima, objeto do financiamento de longo prazo que a financiadora vem negociando com o banco alemão no valor total de 150 milhões de euros, a ser firmado em 2019.
Os recursos serão utilizados pela Finep para projetos na área de energia renováveis, eficiência energética e outros vinculados à mitigação de emissão de gases de efeito estufa.
“Temos muito orgulho dessa parceria com o KfW. O valor obtido na doação, em fundo perdido, que se firma neste momento, é o maior jamais obtido pela Finep, considerando-se organismos internacionais. Aprendemos muito nesta parceria, inclusive nos dando subsídios, também, para as negociações bem-sucedidas com o BID, em agosto deste ano”, afirma Ronaldo Camargo, presidente da Finep.
Para o diretor da KfW no Brasil, Martin Schröder, “esse é um resultado importantíssimo, para nós, de um trabalho em conjunto que vimos construindo com a Finep há mais de dois anos. É um primeiro passo para a concretização, no ano que vem, do empréstimo de 150 milhões”.
Recursos internacionais
A negociação entre a Finep e KfW se insere em uma estratégia mais ampla da agência brasileira para captar recursos internacionais que amparem linhas de crédito em inovação e pesquisa no país. Trata-se de um processo complexo e que requer domínio de mecanismos sofisticados do sistema financeiro internacional, como, por exemplo, dispositivos de redução de riscos cambiais da operação. A linha de crédito de 1,5 bilhão de dólares que a agência firmou com o BID se insere na mesma estratégia.
Para o superintendente da Área de Captação e Crédito da Finep, Sergio Bresser Pereira “desde o começo do projeto, podia-se se dizer que era um projeto que me encantava, por um motivo especial: a maneira como os alemães tratam a ciência, algo diferenciado, sistemático, com metodologia, algo que temos muito que aprender. Tem sido um uma surpresa positiva aprender a trabalhar dessa maneira”.
Segundo o diretor Administrativo da Finep, André Godoy “trate-se de um passo muito importante para fortalecer nossa parceria e que marca o início de longo e proveitoso caminho a percorrer”. O diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Wanderley de Souza, afirma que “no momento de preocupação com o clima em meio ao aquecimento global, este estreitamento de laços com a Alemanha, referência em preocupação com o meio ambiente, sinaliza que a Finep vai estar no protagonismo do debate sobre desenvolvimento sustentável”.
A negociação com o KfW vem sendo realizada pela Área de Captação da Finep, gerenciada por Mariana Vidal. “Vimos em intenso trabalho colaborativo, que culminou na missão que realizamos em junho passado. Agradeço muitíssimo ao Martin e toda a equipe e tenho certeza de que nossa parceria será de longo prazo”, diz Mariana.
Cooperação
“Todo o processo foi negociado pela Área de captação da Finep, mas também se insere nos esforços que a empresa tem feito nos últimos aos de ampliar a cooperação internacional”, afirma Julio Imenes, gerente do Departamento de Cooperação Internacional. “Essa aproximação vai certamente nos auxiliar dentro das negociações na comunidade europeia, como um todo”, completa.
Confira abaixo mais imagens da assinatura do acordo
André Godoy, diretor Administrativo da Finep, Ronaldo Camargo, presidente da Finep, e Wanderley de Souza, diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Finep
Ronaldo Camargo, presidente da Finep, Wanderley de Souza, diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, e Martin Schröder, diretor do KfW no Brasil
Negociação entre a Finep e KfW se insere em uma estratégia mais ampla da agência brasileira para captar recursos internacionais que amparem linhas de crédito em inovação