Marcos Cintra participou da 23ª edição do Diálogos da MEI, em São Paulo, e falou sobre os mecanismos de apoio à Inovação da Finep
O presidente da Finep, Marcos Cintra, afirmou que há um obstáculo entre a geração de conhecimento e a inovação no Brasil, marcado pela ausência de uma ponte entre as empresas e a academia. "O setor público é fundamental para a área de ciência, tecnologia e inovação (CT&I), mas precisamos é trazer o setor privado, com seu dinamismo e modus operandi, para trabalhar junto. Tentar mimetizar o setor privado dentro do público não funciona”, declarou Cintra nesta segunda-feira (24), durante a 23ª edição do Diálogos da MEI – Mobilização Empresarial pela Inovação, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo.
Para ele, enquanto a sociedade não perceber efetivamente a importância de CT&I no processo de desenvolvimento econômico, os governos não colocarão a área no centro da política de desenvolvimento nacional. “A opinião pública é a pá que falta na hélice da inovação”, comentou Cintra, mencionando ainda uma pesquisa realizada pela Finep para conhecer o interesse do jovem em CT&I.
O levantamento mostrou que jovens entre 12 e 17 anos têm fascínio e vontade em se aprofundar em questões científicas, mas, na hora de escolher a universidade, optam por carreiras das áreas humanas e sociais. “Daí a nossa carência de pesquisadores dentro das empresas e a falta de recursos qualificados operacionalmente, pois academicamente temos um papel relevante”, explicou.
Cintra também apresentou aos participantes os mecanismos de apoio à inovação da Finep, como financiamento reembolsável para empresas, financiamento não reembolsável para Instituições Científica, Tecnológica e de Inovação (ICTs), entre outros. Com o tema “Políticas de fomento para Inovação”, o encontro reuniu diretores e executivos que participam da MEI. Além do presidente da Finep, participaram do debate Gianna Sagazio, do Instituto Euvaldo Lodi/CNI, Pedro Wongtschowski, da Ultrapar Participações S/A, Dra. Jayshree Seth, da 3M, e Irecê Fraga Kauss Loureiro, do BNDES.