Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Presidente da Finep defende participação privada em Centros de Desenvolvimento Regional
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Para o presidente da Finep, Marcos Cintra, os CDRs devem seguir o exemplo dos escritórios de transferência de tecnologia de Israel (Foto: Cleia Viana/Acervo/Câmara dos Deputados)

 

O presidente da Finep, Marcos Cintra, recomendou a inclusão de empresas privadas na composição societária de Centros de Desenvolvimento Regional (CDRs) em universidades brasileiras. A defesa foi feita durante o Seminário Internacional Instituições de Ensino Superior e Desenvolvimento Regional, na Câmara dos Deputados, em Brasília, na quarta-feira (18). Para o economista e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), os CDRs devem seguir o exemplo dos escritórios de transferência de tecnologia de Israel (TTOs, na sigla em inglês).

“Mais do que aproximar, é preciso integrar e construir pontes entre o conhecimento científico produzido nas universidades e a inovação, missão das empresas. Não comecem os CDRs com característica essencialmente pública. Não cometam esse erro”, advertiu Cintra, citando o exemplo bem-sucedido da Universidade de Ben-Gurion do Negev, criada para desenvolver a região israelense do deserto de Negev.

Segundo o economista, os TTOs ajudaram o país a deixar de ser um exportador de laranja para se tornar o grande celeiro da tecnologia mundial. “Os escritórios são associações entre universidades e empresas privadas, ou seja, instituições privadas com objetivo de lucro, condição de sustentabilidade de qualquer atividade. Boa parte dos recursos das universidades israelenses vem deles”, disse Cintra. “O recém-regulamentado Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação pode impulsionar essa mudança no Brasil”, completou.

Lançamento de CDRs

Durante o seminário, foram lançados os projetos iniciais dos Centros de Desenvolvimento Regional (CDRs) do Distrito Federal e do Triângulo Mineiro, cuja função é concentrar os esforços das universidades em suas localidades e articular atores regionais em prol do desenvolvimento do território.

A proposta de criação dos CDRs nasceu do estudo do Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara dos Deputados (Cedes) sobre instituições de ensino superior e o desenvolvimento regional, relatado pelo deputado Vitor Lippi. Já existem Centros no Sudoeste Paulista; na região de Campanha, no Rio Grande do Sul; e em Campina Grande, na Paraíba. As unidades são geridas pelo Ministério da Educação (MEC).

Segundo o secretário de Educação Superior da pasta, Paulo Barone, o governo pretende apresentar em breve resultados dos cinco projetos iniciais de CDRs. Outras regiões que devem ser contempladas são a Amazônia, a fronteira pelo lado Centro-Oeste e o semiárido nordestino.

 

Com informações da Agência Câmara Notícias