Os números espantam – sejam positivos, sejam negativos. Se uma em cada quatro startups “morre” antes do primeiro ano de vida, o retorno para os investidores-anjos que fazem aportes nessas empresas pode chegar a 30 vezes quando o negócio dá certo. Se a ausência de processos rígidos facilita a tomada de decisões rápidas e mudanças de rumo, a equipe enxuta obriga os funcionários a “jogar nas 11”. Alguns dos principais desafios e oportunidades vivenciados pelas startups brasileiras ganham as páginas da capa da Revista Finep, que chega à 23ª edição.
Um dos exemplos relatados é o de Maria Alice Maia, CEO do NaHora.com. Após uma tentativa mal sucedida, ela hoje está à frente da startup que oferece passagens aéreas com descontos para viagens de última hora e cresce 28% ao mês. Para colher frutos em pouco tempo, a empresa contou com um empurrãozinho a mais de um tipo de organização cuja missão é justamente alavancar startups promissoras: a aceleradora de empresas. Ao lado das incubadoras, elas ajudam pequenas potências a dar os primeiros passos.
Das altas cargas tributárias à capitalização, os desafios são imensos, mas recompensadores. Hoje em dia, startups como a da jovem mineira contam com um ecossistema de fomento mais robusto no Brasil – investidores-anjo, fundos de Seed Capital e de Venture Capital, além do próprio governo, que abriu os olhos para o potencial econômico e social das startups com programas como o Finep Startup e o Start-Up Brasil. Quem sabe não surgirá nos próximos anos um Google verde e amarelo? O caminho vem sendo desenhado a muitas mãos.