Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Em visita à UFMG, presidente da Finep fala sobre situação de projetos financiados pelo FNDCT
fechar
Compartilhar

 palestra presidente Finep foca lisboa

Wanderley de Souza, observado pelo reitor Jaime Ramírez, apresentou detalhes da estrutura da Finep (Foto: Foca Lisboa/UFMG)

As instituições científicas e tecnológicas (ICTs) brasileiras deverão encaminhar à Finep estimativa de custos para conclusão de projetos de infraestrutura de pesquisa apoiados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) que se encontram paralisados por conta de problemas judiciais ou em função do não cumprimento das etapas de execução nos prazos estipulados.

O relato foi feito pelo presidente da financiadora, Wanderley de Souza, na manhã de terça-feira, 28, na Faculdade de Ciências Econômicas (Face), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Precisamos da estimativa de custos das ICTs para orientar a execução de edital, que vai disponibilizar R$ 100 milhões para resolução dessas pendências”, justificou Wanderley. A Finep exerce a secretaria-executiva do Fundo.

Duas obras paralisadas na UFMG são financiadas com recursos do FNDCT: o anexo de pesquisa do Departamento de Química, do ICEx, e o Laboratório de Análise do Movimento, da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

Além das ‘ciências duras’

Após a apresentação da estrutura da Finep, seu escopo de trabalho, estatísticas e editais em andamento, Wanderley de Souza respondeu a uma série de questionamentos sobre políticas que atenderiam às demandas dos departamentos da UFMG.

Em resposta ao reitor Jaime Ramírez sobre as perspectivas de apoio à área de humanidades, o presidente da Finep assegurou que, diferentemente do que possa se presumir, os editais são direcionados a todas as áreas do conhecimento, e não somente às “ciências duras” – termo usado pelo próprio reitor para denotar os campos de estudo “calcados na parte experimental”.

A diretora da Face, Paula Miranda-Ribeiro, questionou o “limite mínimo” para solicitação de financiamentos. Segundo ela, muitos projetos das ciências sociais aplicadas não alcançam esse piso, o que gera a demanda por editais de menor porte. Wanderley de Souza esclareceu que a financiadora também lança editais sem limite mínimo, com o valor máximo de R$ 500 mil – o que, inclusive, considera “preferível, já que possibilita atender a um maior número de solicitações”.

Particularidades como a manutenção do Centro de Microscopia da UFMG, mencionada pelo diretor Wagner Rodrigues, também foram tema de discussão durante o encontro. O presidente da Finep explicou que há um edital para centros multiusuários, que prevê recursos para compra de equipamentos, manutenção, contratação de técnicos, pintura e adaptação de salas.

Encontro no BH-Tec

À tarde, Souza participou, na sede do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec), do encontro Centros de Tecnologia da UFMG: cenário atual e perspectivas, no qual foi apresentado balanço dos resultados alcançados pelos três Centros de Tecnologia (CTs) da Universidade em funcionamento no parque: CT Web – responsável por trabalhos em ciência da computação e internet –, CT Nanotubos – especializado em ciência e engenharia de materiais – e CT Vacinas – que atua na área de biotecnologia.

Criado em 2005, o BH-Tec é resultado de parceria entre a UFMG e outros quatro sócios fundadores: Governo de Minas Gerais, Prefeitura de Belo Horizonte, Sebrae-MG e Fiemg. Além disso, conta com apoio da Finep e da Fapemig. Além dos CTs da UFMG, abriga 15 empresas que se dedicam a investigar e a produzir novas tecnologias, uma associação de biotecnologia e seis empresas na categoria não residente.

Fonte: UFMG