Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. 15ª Conferência da Anpei tem presença de diretor da Finep
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 Elias de Souza Ramos - Diretor de Inovação da Finep (Foto: Rogério Rangel/Finep)

“Assim como tantas empresas do País, num momento de retração econômica, nós também estamos revendo nosso projeto básico para nos conservarmos fortes como alavanca de apoio à inovação. Vamos manter instrumentos que têm funcionado e recuperar iniciativas chave, como a subvenção econômica, que pretendemos fazer voltar ao patamar de cerca de R$ 500 milhões em 2016”, afirmou Elias de Souza Ramos, diretor de Inovação da Finep. Ele foi um dos palestrantes da mesa de abertura da 15ª Conferência de Inovação Tecnológica da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), no dia 24/8, em Pernambuco.

Elias reafirmou o anúncio feito pelo presidente da financiadora, Luis Fernandes, quando os novos diretores da Finep foram apresentados, em julho. São três eixos estruturantes que vão nortear as ações da empresa nos próximos anos: Apoio à expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia no Brasil; Promoção da Inovação no País; e Projetos Estratégicos Nacionais. “A particularidade da Finep de ser a única agência de fomento que apoia todo o ciclo da inovação também lhe dá uma permeabilidade ampla em todo o processo, o que é crítico em seu papel de colaborar para o Brasil chegar ao status que almeja – um País estratégico global”, disse o diretor. 

Indústria Química e startups
O PADIQ (Plano de Desenvolvimento e Inovação da Indústria Química) foi apontado pelo diretor como uma nova iniciativa importante voltada para a área, e que deve ter seu primeiro edital lançado em setembro. Elias anunciou, ainda, que estão em negociações parcerias com outras entidades para o lançamento de “instrumentos que possam agregar mais participação de pequenas empresas e startups à carteira da Finep. Em breve, isso estará consolidado”.

Durante sua fala, o presidente da Anpei, Gerson Valença Pinto, ressaltou a força potencial da economia do Nordeste. Segundo ele, “dados do Banco Central indicam que a região teve crescimento de 3,7 % em 2014, o mais alto do Brasil. Gerson disse que “agora, o momento é de repensar os investimentos, para que eventuais cortes no orçamento não comprometam a capacidade das empresas em apostar na inovação. Investir em hora de crise tem se revelado um poder de transformação de desafios em oportunidades ao longo da história”, afirmou. Também participaram da cerimônia representantes do MCTI, do MDCI, do Governo de Pernambuco e do Sebrae.

Empresas e instituições inovadoras
Durante a manhã do dia 24, quatro painéis promoveram discussões de casos de sucesso em inovação e inciativas de fomento em empresas (Braskem, Labs, GranBio, FCA) e ICTs (CESAR, Porto Digital, Instituto Senai de Inovação em Tecnologia da Informação e Comunicação, UFPE) e FAPs do Nordeste. Paralelamente, ocorreram oficinas sobre Bioeconomia e Ecossistemas de Inovação. Cerca de mil pessoas se inscreveram na Conferência deste ano. Veja a programação completa

O Futuro
“Nas próximas duas décadas, haverá mais descobertas e novos conhecimentos do que nos últimos dois mil anos”, afirmou José Luís Cordeiro, especialista da Singularity University, na palestra magna que fechou o dia. O projeto é apoiado pela NASA, nos EUA. Cordeiro falou sobre a revolução das tecnologias que estão surgindo ou se consolidando, como a Internet das Coisas (IoT), nanotecnologia, além do gradual crescimento do PIB mundial e do equilíbrio das taxas de crescimento populacional até cerca de 2050, entre outros temas. “Não haverá desculpas para haver pobreza ou subdesenvolvimento no nível que conhecemos daqui a poucas décadas – já aprendemos o que funciona ou não”, finalizou.

Agências de fomento
No painel dedicado às agências de fomento à cadeia de inovação do Brasil – formado pela Finep, BNDES e EMBRAPII - no dia 25, o diretor da Finep afirmou que “hoje, a política de desenvolvimento do País já tem em seu cerne a presença real da ciência, tecnologia e inovação, apesar das limitações”. Segundo Elias, para enfrentar os desafios, a Finep tem privilegiado duas questões: a crescente formação de parcerias, principalmente com outras agências e ministérios; e saber analisar e destacar mais eficazmente os projetos que venham traduzir as verdadeiras vocações do Brasil. O diretor também apresentou as modalidades de apoio oferecidas pela agência, e destacou as iniciativas de êxito lançadas nos últimos anos, como o Inova Empresa e o Finep 30 Dias.