Luis Fernandes, pres. da Finep, em primeiro plano; ao fundo os diretores Cláudio Guimarães, Elias Ramos de Souza, Rex Nazaré e Fernando Ribeiro - Foto: João Luiz Ribeiro/Finep

O presidente da Finep, Luis Fernandes, apresentou nesta quinta-feira, 2/7, na sede da Finep, no Rio de Janeiro, três eixos estruturantes que vão nortear as ações da empresa nos próximos anos: Apoio à expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia no Brasil; Promoção da Inovação no País; e Projetos Estratégicos Nacionais. De acordo com Fernandes, estes eixos de atuação foram resgatados e retomam a estratégia nacional de tecnologia e inovação. “Também precisamos trabalhar em um processo de descentralização, já que hoje os esforços em P&D estão concentrados em poucas regiões, como o Sudeste”, complementou. Na ocasião também foram apresentados dois novos diretores da financiadora: Rex Nazaré e Elias Ramos de Souza.

Em relação à Promoção da Inovação, o presidente da Finep apontou a necessidade de elaboração de “programas mais eficazes em toda a cadeia, com integração de instrumentos de financiamento”. Dentro desse eixo, Fernandes destacou ainda a importância de consolidação e ampliação do patamar das operações de crédito da Finep. “O PSI (Programa de Sustentação do Investimento) é uma fonte anticíclica, que não dura para sempre. Precisamos viabilizar outras fontes de captação”, frisou o presidente, ressaltando a importância da modalidade de Subvenção Econômica, instituída em 2004 com a criação da Lei da Inovação. “Esse é um dos recursos mais nobres que podemos oferecer, compartilhando o risco entre o poder público e as empresas”.

A recomposição do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) também foi citada por Fernandes como um dos desafios para o futuro. “Quando deixei a Finep em 2011 investíamos R$ 517 milhões através do FNDCT. Hoje, investimos menos da metade. Precisamos restaurar a capacidade de investimento do fundo”. De acordo com o presidente da financiadora, a inclusão do FNDCT na composição do Fundo Social pode ser uma das saídas para recompor o fundo. Acelerar o reconhecimento da Finep como instituição financeira também é uma das prioridades da Finep para os próximos anos. 

Diretorias
Luis Fernandes também apresentou a nova composição das diretorias da financiadora. A diretoria de Desenvolvimento Científico e Tecnológico ficará a cargo de Fernando Ribeiro, antes diretor de Inovação. Já a diretoria de Inovação terá em Elias Ramos de Souza seu novo diretor. Rex Nazaré ficará à frente da recém-criada diretoria de Projetos Estratégicos Nacionais, e o diretor Financeiro e de Controladoria, Cláudio Guimarães, permanecerá na pasta. A área de Planejamento também ganha importância especial, sob a superintendência do ex-diretor Rodrigo Fonseca.

Doutor em física pela Universidade de Paris (Sorbonne), Rex Nazaré é especialista em engenharia nuclear pelo IME, onde é professor emérito, atuou, entre outros cargos, como presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e membro do Conselho de Administração da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). Recebeu diversas condecorações como a Ordem Nacional do Mérito Científico, a Ordem do Rio Branco, a Ordem do Mérito Militar e a Ordem do Mérito das Forças Armadas. Sua última função pública foi como diretor da FAPERJ, onde ficou até abril deste ano.

Já Elias Ramos de Souza é doutor em Biofísica e tem vasta experiência em Modelagem Computacional de Sistemas Biológicos e em Biofísica Molecular. Também é professor do Instituto Federal da Bahia (IFBA) e dos programas de pós-graduação em biotecnologia e difusão do conhecimento da UFBA. Foi diretor de Inovação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) e Superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da ANP, tendo representado a Agência no CT-Petro.