Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Finep reúne empresários e instituições do Governo no Fórum de Inovação
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ClaudioGuimaraesForumInovacao2015

Cláudio Guimarães, diretor Financeiro e de Controladoria da Finep (Foto: João Luiz Ribeiro/Finep)

A Finep promoveu, em 24/6, o Fórum de Inovação Brasil 2015, um encontro de representantes de diversas empresas e de instituições governamentais para debater os rumos da inovação no País. O evento, realizado pela Harvard Business Review, aconteceu no Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), em São Paulo.

Na abertura, o diretor Financeiro e de Controladoria da Finep, Cláudio Guimarães, falou sobre o crescimento da agência nos últimos anos, além da melhoria dos processos na contratação de projetos, especialmente após a implementação do Finep 30 Dias. “Estamos trabalhando com a fronteira do conhecimento e da inovação. Queremos que o dinheiro público retorne à sociedade com qualidade”, afirmou.

A parte da manhã do Fórum foi iniciada com a apresentação de José Borges Frias Junior, da Siemens Brasil, com o tema “Indústria 4.0”, que se trata de uma “nova revolução industrial que se inicia em países desenvolvidos, com a total digitalização de processos industriais, para melhor eficiência produtiva”. O processo pode ser entendido como “um renascimento das indústrias locais da Europa e Estados Unidos, depois de décadas de transferência para países asiáticos”, segundo José.

Desafios e otimismo

No painel “Impactos e Oportunidades de Indústria 4.0 no Brasil”, o diretor da Finep e o representante da Siemens debateram com Armando Milioni, secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e com Gerson Pinto, vice-presidente da Natura e presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras(Anpei). O tom do painel foi de otimismo em relação às potencialidades do Brasil em crescimento e adaptação, mesmo em meio a um momento de desafios críticos na economia. “Necessitamos da construção de cenários em que haja uma melhor convergência das agendas do Governo e de empresas, porque, afinal, todos buscam o desenvolvimento e melhorias para o País”, disse Gerson. “Os planos de integração de instituições e forças públicas e privadas para o fortalecimento da indústria, como os que acontecem na Europa e EUA, podem ser comparados às Plataformas do Conhecimento. Essa é a melhor saída”, apontou o diretor Cláudio Guimarães, da Finep.

De acordo com o secretário do MCTI, cabe a todas as instâncias da sociedade brasileira “compreender a magnitude de seus desafios para saber vencê-los. A notícia principal é que agora o Governo é muito partícipe e signatário da emergência quanto à produtividade e às questões envolvendo educação e inovação. As inúmeras conquistas dos últimos vinte anos nos permitem ser otimistas, sem ceder ao ufanismo”, afirmou Milioni.

Ensinar a inovar

“Para criar uma cultura de inovação plena, precisamos começar com a educação das crianças na escola. Temos que incentivar a curiosidade científica e do ‘montar coisas’ desde o início. Assim, estaremos plantando a semente que dará mentes inovadoras no futuro”, disse Jorge Lopes, professor da PUC-Rio e pesquisador do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), no segundo painel do dia. Representantes da Braerg, da Bosch e do MCTI participaram do painel, cujo foco foi a discussão de iniciativas para o incentivo à inovação. Eliana Azambuja, do MCTI, falou sobre a Plataforma iTEC, iniciativa do ministério para o desenvolvimento da inovação aberta com transferência de tecnologia entre as instituições de pesquisa e os setores empresariais.

Inovação X Competitividade

A suposta incompatibilidade entre inovação e competitividade foi a tônica do último painel do evento, com participação da Embraer, Goodyear, Magnesita e Insper. Os participantes concordam que essa questão é um mito. Segundo Sérgio Camargo, diretor da Goodyear, “a inovação tem de estar no mapa estratégico de toda empresa, e é ela que vai garantir sua competitividade”. Para Carlos Pagliosa Neto, da Magnesita, além das duas instâncias serem complementares, “são questões de sobrevivência”. O diretor da Embraer, Fernando Ranieri afirmou que “o mais importante é que a inovação não seja pontual, sazonal, mas sim constante. Se a preocupação com a sobrevivência imediata de um negócio depende diretamente da competividade, a garantia de seu futuro está na inovação”.

O Fórum também contou com a apresentação da XMobots, fabricante brasileira de VANTs. O presidente da empresa, Giovani Amianti, mostrou a história de desafios e sucesso do empreendimento, desde sua criação em 2004. A XMobots obteve financiamento da Finep.