Equipamento completo de RMN para análise (Foto: Divulgação)
A FIT – Fine Image Technology apresenta, no dia 20 de maio (quarta-feira), às 14h, no CT2 da Coppe/UFRJ, no Fundão, o primeiro equipamento comercial de ressonância magnética nuclear (RMN) totalmente desenvolvido no Brasil: o Specfit. Na ocasião, será inaugurada a linha de pesquisa de RMN aplicada na exploração de petróleo do Laboratório de Tecnologia de Engenharia de Poços e Engenharia Mecânica da Coppe. A inovação, que contou com R$ 1,8 milhão de financiamento da Finep, é um espectrômetro digital, também conhecido como console, responsável por controlar sinais e dados que formam um experimento de ressonância magnética, seja ele para imagens, espectroscopia ou relaxometria – técnicas de análises utilizando RMN.
“Estamos muito orgulhosos de possibilitar a inclusão do Brasil em um seleto grupo de países que dominam esse conhecimento”, diz a coordenadora do projeto, Silvia Azevedo, acrescentando que hoje essa tecnologia só está disponível em grandes empresas estrangeiras, como Siemens, GE e Samsung. O console Specfit é capaz de medir a quantidade de açúcar em frutas, de flúor em pastas de dentes, de óleo e umidade em sementes, além de analisar as características do solo em áreas agrícolas, entre outros usos. No laboratório da UFRJ, será utilizado em pesquisas de varredura da estrutura de rochas testemunhas em reservatórios de petróleo. “As aplicações deste equipamento são inúmeras”, afirma Silvia.
O espectrômetro digital da FIT consiste no módulo eletrônico e no software de controle, que funciona como interface para o usuário programar e compilar as sequências de pulso, além de controlar os parâmetros do experimento. Para entender melhor como funciona o equipamento, Silvia faz uma analogia: “Se um experimento de ressonância magnética é uma música, o espectrômetro é o maestro, os pulsos produzidos nele são as notas musicais e a sequência de pulsos é a partitura”.