Luis Fernandes, presidente da Finep, ao lado de Sérgio Schmitt, do BNDES - Foto: César Coelho/Finep
Ainda incipiente como complexo industrial, o setor de defesa avançou nos últimos anos, se tornou estratégico para o Governo, mas precisa progredir ainda mais. De acordo com o presidente da Finep, Luis Fernandes, um dos caminhos está na expansão das operações por meio de instrumentos não reembolsáveis pelas agências de fomento. “Obtivemos grandes êxitos com a subvenção econômica, compartilhando o risco tecnológico com as empresas. Conseguimos identificar e focar em tecnologias críticas e lançar chamadas públicas. Precisamos impulsionar essas ações”, disse. Fernandes participou do painel “O Papel das Agências de Fomento na Indústria de Defesa Brasileira”, durante o IV Seminário de Defesa da LAAD Defence & Security 2015, que acontece até o dia 17 de abril no Riocentro, Rio de Janeiro.
Segundo o presidente da Finep, é preciso superar alguns desafios para ampliar a atuação das agências de fomento na indústria de defesa do País, como avançar mais na agenda de compras governamentais e adaptar políticas de crédito específicas adequadas às necessidades e realidades do setor.
O Inova Aerodefesa também foi destaque no painel. Lançado em 2013 em parceria com o BNDES, o Ministério da Defesa e a Agência Espacial Brasileira (AEB), o programa faz parte do Plano Inova Empresa e tem como objetivo apoiar a inovação tecnológica nos setores aeroespacial, defesa, segurança pública e materiais especiais. Com recursos de R$ 2,9 bilhões, o Aerodefesa teve uma demanda quase cinco vezes maior do que o orçamento inicial: R$ 13,1 bilhões. Ao todo, 212 empresas e 78 ICTs enviaram projetos e manifestaram interesse em obter financiamento. “O edital do Aerodefesa foi o que contemplou o maior valor de subvenção entre todos do Inova Empresa”, ressaltou Sérgio Schmitt, responsável pelo programa no BNDES.
Veja matéria sobre os projetos apoiados pela Finep expostos na LAAD 2015.