Seu navegador não suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Finep ajuda a erguer torre de 325 metros na Amazônia
fechar
Compartilhar

Construção servirá para estudar interação entre a mata e o clima

Com 325 metros de altura e três de largura, a torre do projeto ATTO (Amazon Tall Tower Observatory), erguida em São Sebastião do Uatumã (AM), é a mais alta estrutura da América do Sul e chama atenção pela sua localização: no meio da Floresta Amazônica. A construção, inaugurada em fevereiro, mas ainda sem instrumentos científicos instalados – o que deve acontecer ao longo deste ano –, servirá para estudar a interação entre a mata e o clima, compreendendo melhor a influência da Amazônia no clima global. O projeto, que tem custo total de R$ 18,4 milhões, conta com aproximadamente R$ 12 mi da Finep e tem o Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) como executor. O alemão MPIC (Instituto Max Planck de Química) e a Fundação Eliseu Alves são os outros parceiros no projeto.

Sustentado por uma rede de cabos num raio de 225 metros, o maior observatório vertical do mundo foi feito pela San Engenharia, de Curitiba. Durante o processo de construção, segmentos de seis metros de altura foram transportados de caminhão e de balsa do Paraná até a floresta, por quatro mil quilômetros. No local, a torre foi montada no chão e depois içada.

O LBA (Experimento de Grande Escala da Biosfera e Atmosfera na Amazônia, na sigla em inglês), projeto do qual o ATTO faz parte, discutia a necessidade de uma estrutura assim desde o fim da década de 1980. A proposta surgiu em 2007 por meio dos alemães do MPIC. Com a construção da torre, os cientistas esperam medir a emissão e a absorção de gases de efeito estufa na floresta, estudar aerossóis, partículas em suspensão que promovem a formação de nuvens, além de investigar o transporte de massas de ar por centenas de quilômetros.