A Finep, o BNDES, a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), o Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), o Sebrae e a CNI se uniram em torno de uma Estratégia Nacional de Apoio ao desenvolvimento das startups Deep Techs e seus ecossistemas. O presidente da Finep, Celso Pansera, e representantes das instituições partícipes assinaram hoje (12/11), um Protocolo com o objetivo de construir uma proposta de política pública de apoio a este segmento de empresas.
A ideia é criar um arcabouço que permita às Deep Techs se desenvolverem dentro das fronteiras do País. As iniciativas estarão voltadas ao incentivo, desenvolvimento, simplificação de trâmites burocráticos e fortalecimento das empresas, com o objetivo de torná-las mais inovadoras e competitivas a nível mundial. A assinatura do Protocolo marcou a abertura do Deep Tech Summit 2024, evento patrocinado pela Finep, que acontece hoje (12/11) e amanhã (13/11) na Inova Usp, em São Paulo.No documento, as instituições reforçam a necessidade de se criar objetivos estratégicos de apoio às deep techs, alinhados aos desafios das missões da Nova Indústria Brasil (NIB).
"As Deep Techs são promissoras para a neoindustrialização do Brasil, não só pelo capital intelectual, mas por atuarem com tecnologias baseadas em avanços científicos, e também pelo grande potencial de liderar mudanças, estabelecer novas indústrias e reinventar as atuais", aponta o documento.
Segundo Celso Pansera, o apoio público para deep techs está totalmente ligado à missão da Finep. “Programas de subvenção/ fomento público e investimentos anjo representam 70% do aporte para o desenvolvimento de novas tecnologias”.
Os dados, de fato, impressionam: mais de 70% das deep techs que receberam investimentos utilizaram recursos públicos.
Segundo Daniel Pimentel (co-fundador e diretor da Emerge), “as Deep Techs são grande ferramenta e mecanismo para gerar competitividade para a indústria e para o País". E citou as biotechs como exemplo de deep techs dominantes no ecossistema e que atuam em diversos setores, com destaque para saúde e agro.
Nos próximos 15 dias, cada instituição representada no Protocolo deverá indicar até três nomes para participar do grupo de trabalho, que ficará encarregado pela elaboração de um plano, onde estarão definidas as metas, cronograma de execução, papel e responsabilidade de cada um dos envolvidos. O documento também abre a possibilidade de adesão ao por outras entidades.