Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Finep participa do Energy Summit para discutir os rumos da transição energética no país
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 PanserEnergy

Presidente Celso Pansera ladeado, à esquerda por Ricardo Capelli, presidente da ABDI e à direita pelo Secretário de Energia do RJ, Hugo Leal 

A Finep participa, nos dias 18 e 19/6, como patrocinadora, do Energy Summit, evento global sobre os principais desafios para a transição energética e sustentabilidade no mundo. A cidade do Rio de Janeiro foi escolhida para sediar o evento por ser um dos principais i-ecossistemas (empreendedores, universidades, governo, capital de risco e corporações) do mundo em energia e sustentabilidade e por abrigar o MIT REAP e o Rio Energy Bay. O MIT Reap (Regional Entrepreneurship Acceleration Program) — Programa de Aceleração do Empreendedorismo Regional é uma iniciativa do MIT - Massachusetts Institute of Technology, que engaja comunidades ao redor do mundo para fortalecer os ecossistemas empreendedores com sua metodologia. O Rio Energy Bay é um instituto, criado em 2023, para atuar como integrador do ecossistema de energia e sustentabilidade carioca.

O presidente da Finep, Celso Pansera, participou do painel Políticas Públicas para uma Transição Energética Justa, ao lado do presidente da ABDI, Ricardo Cappelli e do Secretário Estadual de Energia e Economia do Mar do Rio de Janeiro, Hugo Leal.

Para Pansera, o esforço brasileiro deve ser na direção de transpor a produção científica em torno da transição energética para o mundo real, para a economia e o bem-estar das pessoas. Lembrou que, só em 2023, a Finep apoiou mais de 100 projetos no setor, em temas como a hibridização de veículos, a transmissão de energia com baixa perda técnica e a produção de novas tecnologias. “A Finep está há muito tempo investindo nesse tema e dentro do Nova Indústria Brasil já aplicamos R$ 11 bilhões de recursos, R$ 9,4 bi a Finep e R$ 1,6 bi a iniciativa privada. Isso mostra que existe funding e vontade do governo para investir, porque existem bons projetos para isso”, concluiu.

O diretor de Inovação da Finep, Elias Ramos, integrou, como palestrante, o painel Descarbonização da Indústria de Petróleo e Gás. Elias ressaltou o grande potencial de energia limpa que o Brasil possui, graças à sua diversidade e que o transforma num celeiro de oportunidades de investimento em projetos de transição energética, mas também no setor industrial. “Setores da indústria que dependem da energia, certas atividades industriais que têm problemas de logística, quando se situam próximas de quem desenvolve projetos de energia sustentável, renovável, se tornam prioridade para investimento”, registrou e concluiu “isso é bom não só para os investimentos domésticos, mas também para a atração de investimentos externos”.

O painel Panorama de Inovação e Mecanismos de Investimento no setor de Energia no Rio de Janeiro contou com a presença do diretor de Financeiro, de Crédito e Captação da Finep, Márcio Stefanni.

Márcio ressaltou que, embora o desenvolvimento do setor privado seja importante, existe o imperativo de que a universidade ultrapasse os seus muros, porque é através da integração entre pesquisa e produção que se dá o desenvolvimento. Lembrou momentos, na história do país, que deram ensejo a esse intercâmbio e o progresso que adveio, citando o Proálcool, a Embraer, a Fiocruz e o Butantã, mas lembrou que essa interação precisa ser constante. Marcio enfatizou que esse é o trabalho da Finep, como agência reguladora, o de equalizar diferenças e dar oportunidades. “Há recursos, reembolsáveis ou não reembolsáveis, e uma política pública garantidos para quem quiser desenvolver tecnologia para uma questão de soberania nacional, ou para mudar a matriz energética para auxiliar na transição energética. Há um diálogo e a vontade de que o pequeno se torne grande e o grande, maior ainda”, concluiu.

O chefe de Gabinete da Finep, Fernando Peregrino, foi o mediador do painel Pesquisa Aplicada em Transição Energética, que contou, como palestrantes, com Alfredo Renault, professor do Centro de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono, da COPPE-UFRJ, Julio Leite, gerente geral de Inovação Tecnológica da Petrobras e Osvaldo Saavedra, Cordenador do Instituto Nacional de C&T em Energias Oceânicas e Fluviais.

Peregrino iniciou o debate propondo aos painelistas a questão sobre o estágio em que o Brasil se encontra na transição energética para energias limpas de forma justa, considerando a necessidade urgente de controlar eventos extremos e mitigar as consequências das mudanças climáticas.

Os debatedores indicaram a importância de levar a pesquisa realizada nas universidades e centros de pesquisa para dentro das empresas, fortalecendo essa ligação de modo a otimizar a rota da produção de inovação, citando exemplos bem-sucedidos como a prospecção em águas profundas, a união da Embraer, o ITA e o Centro de Tecnologia da Aeronáutica e a aproximação da Embrapa com o produtor rural o que conquistou, para o país, o padrão da Califórnia e Austrália na agropecuária.

Lembraram ainda a necessidade de ampliar a oferta de energia, tendo em conta os mais de dois bilhões de habitantes que vivem na chamada pobreza energética e considerando o aumento populacional dos próximos anos, de forma a dar condições justas a essa população excluída

O presidente Celso Pansera, lembrou que a recente tragédia ambiental no Rio Grande do Sul serviu de alerta, para os governos, da urgência que remete à necessidade de se pensar novas e mais rápidas formas de financiamento a essas pesquisas. Pensando nisso, a Finep realiza, no dia 25/6, em sua sede, no Rio de Janeiro, o seminário Tragédia no RS: um alerta para biomas brasileiros, que reunirá especialistas para discutir políticas públicas e desafios em torno do tema, relativos à preservação dos cinco biomas brasileiros.