A produção de plásticos no Brasil bateu recordes nos últimos anos. Segundo pesquisa encomendada pelo Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast) em 2021, 405 mil toneladas de produção desse material foram de resíduos pós-industriais, ou seja, dejetos e sobras de indústrias como a petroquímica, e dos próprios processos de reciclagem. Com a dificuldade de reaproveitamento de objetos feitos de PVC, PA e PP, por exemplo, e metais como o cobre, a Krefta desenvolveu um projeto que pretende separar esses materiais - de modo a melhorar a eficiência da reciclagem de plásticos e metais, e auxiliar no progresso de uma produção mais sustentável, separando insumos puros para reutilização.
Localizada no distrito industrial de Foz do Iguaçu, a Krefta Tecnologia em Serviços oferece serviços de consultoria em gestão de resíduos sólidos não perigosos, orientando seus clientes sobre práticas e soluções para reduzir o impacto ambiental de suas atividades, e operando a partir de parcerias com entidades públicas e privadas, com diversas iniciativas que envolvem encaminhar matérias-primas para reciclagem.
Segundo Maykel Krefta, sócio e diretor da empresa, o projeto tem como foco a solução para o descarte e aproveitamento de materiais pós-industrial: “Estes elementos, principalmente o plástico duro como o PVC, Poliestireno e PBT, geralmente têm como destino a incineração ou o aterro sanitário, processos prejudiciais ao meio ambiente. Com a nossa tecnologia, os insumos serão encaminhados e aproveitados de maneira mais eficiente e ecológica”.
Após passar pelo procedimento de separação automática, a qualidade desses componentes atinge 100% de pureza, quando comparados a uma resina virgem, otimizando sua qualidade e tornando a reutilização mais prática para processos de reciclagem. Para Maykel, o investimento da Finep nesse processo auxilia não só as empresas, como também é um passo importante para reduzir o nível de dejetos de plásticos e metais em aterros e outros locais indevidos.