Para a diretoria de Inovação será reconduzido o doutor em Biofísica pela UFRJ, bacharel e mestre em Física pela Universidade Federal da Bahia, Elias Ramos de Souza, que já esteve no cargo no ano de 2015. Professor sênior voluntário do Instituto Federal da Bahia e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Difusão do Conhecimento (PPGDC), Souza conta com vasta experiência em Biofísica Molecular e Modelagem Computacional de Sistemas Biológicos e em Políticas Públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação. Veja currículo detalhado.
Segundo Elias de Souza, o novo governo está retomando o caminho interrompido, e tem como meta recolocar a ciência, tecnologia e inovação no devido lugar, após quatro anos de negacionismo científico e cortes nos investimentos públicos. “A aplicação integral dos recursos do FNDCT será garantida no primeiro ano do governo, as bolsas de pós-graduação e pesquisa foram reajustadas depois de 10 anos de congelamento e os juros baseados na TR para financiamentos com recursos do FNDCT foram consolidados mediante aprovação da Medida Provisória 1139”, disse.
Para o professor, a pesquisa e inovação deverão ser estimuladas para solucionar problemas e em proveito das vantagens comparativas de um país com vasto solo produtivo e enormes riquezas naturais, a fim de ajudar no desenvolvimento sustentável, na defesa da Amazônia e sua biodiversidade, na reindustrialização e agregação de valor às commodities e na criação de novas oportunidades de emprego e melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Entre as prioridades da nova gestão está o investimento em inovações nas áreas da saúde, agricultura e alimentos, em produção, armazenamento e uso de energias renováveis e em recursos minerais. “A busca da solução dos desafios do país deverá ser realizada através da sinergia com universidades e instituições de pesquisa e com as startups inovadoras e o setor privado, por meio do apoio a projetos e programas com recursos não-reembolsáveis, subvenção econômica, crédito, investimentos e demais instrumentos previstos na Lei de Inovação”, afirmou.
Para Elias de Souza, a Finep, na condição de agência de inovação do Brasil, opera todos esses instrumentos e tem um lugar muito especial no sistema de ciência, tecnologia e inovação do país como agente proativo na construção de parcerias e busca de soluções para os grandes problemas e desafios do país por meio da inovação.
“É muito bom estar de volta à Finep oito anos depois e ter a oportunidade de contribuir com esse momento de reconstrução da ciência e inovação no Brasil, contando com a parceria de um quadro de colaboradores altamente competente”, complementou. O novo diretor ressaltou ainda “que a inovação se realiza através das pessoas e a política de ciência, tecnologia e inovação deverá ter como estratégia a formação e capacitação de talentos. Promover a formação de jovens pesquisadores e despertar cada vez mais o interesse pela ciência desde o ensino básico são também diretrizes que deverão nortear as políticas de financiamento da nova gestão.