Floriano Peixoto, Waldemar Barroso, Júlio Semeghini, Antônio Franciscangelis e Carlos Abijaodi
Foi apresentado em Brasília, na sede do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o Finep Inovacred 4.0, nova ação de fomento à inovação empresarial em áreas como internet das coisas, big data, computação em nuvem, segurança digital, robótica avançada, manufatura digital e aditiva, inteligência artificial e digitalização. O evento contou com a presença do Secretário Executivo do MCTIC, Júlio Semeghini, do presidente da Finep, General Waldemar Barroso, do diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, do secretário de planejamento do MCTIC, Antônio Franciscangelis, do presidente dos Correios, Floriano Peixoto e de Bruno Portela, do Ministério da Economia.
Inicialmente, serão disponibilizados R$ 200 milhões na modalidade de crédito. A ideia é apoiar a formulação e implementação de Planos Empresariais Estratégicos de Digitalização que abarquem a utilização, em linhas de produção, de serviços de implantação de tecnologias da Indústria 4.0. São passíveis de financiamento empresas de pequeno a médio-grande porte, com faturamento anual de até R$ 300 milhões.
Elaborada pela Finep em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e os ministérios da Economia (ME) e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), a ação visa estimular o aumento da produtividade da indústria no País, sendo a primeira iniciativa da Câmara Brasileira da Indústria 4.0, formada por mais de 30 entidades representativas do governo, empresas e academia. “As ações da Câmara 4.0, que pensa uma autêntica revolução na indústria, têm nessa iniciativa um começo bastante promissor”, comemorou Semeghini.
Ainda em fase piloto, o novo projeto está totalmente alinhado com a Ação de Fomento à Inovação em Internet das Coisas - Finep IoT, lançada em junho de 2018, com recursos da ordem de R$ 1,5 bilhão. O Finep IoT apoia, prioritariamente, projetos que resultem em inovações em produtos, processos e serviços baseados em tecnologias digitais. O objetivo é a integração de ambientes virtuais e físicos nos processos fabris, no agronegócio, no desenvolvimento urbano, na saúde e nas cadeias de serviços.
Com o lançamento do Finep Inovacred 4.0, o apoio à formulação e implementação de planos de digitalização em empresas produtivas de menor porte passa a ser realizado por meio de um novo modelo. “As operações do Inovacred 4.0 serão apoiadas de forma descentralizada por agentes estaduais credenciados pela Finep, garantindo capilaridade e democracia de acesso a recursos”, explicou o General Barroso”. O modelo busca a simplificação dos processos de análise e acompanhamento das propostas, de forma a permitir maior agilidade na contratação e liberação dos recursos.
General Waldemar é entrevistado depois do evento
O desenho proposto traz como diferencial a utilização de empresas integradoras, que concebem e implementam os planos de digitalização nas empresas produtivas. Especializadas na prestação de serviços de adaptação, customização e desenvolvimento de softwares; automação de processos de produção e gestão da atividade industrial, as empresas integradoras serão previamente credenciadas pela Finep, assim como seus serviços. “A CNI considera o desenho desse programa muito vigoroso para estimular a produtividade de nossa economia”, avaliou Carlos Abijaodi
Para o credenciamento, serão levados em consideração o porte, a comprovação de capacidade e qualidade técnica e gerencial na implantação de planos de digitalização, além da recomendação de fornecedores de programas e equipamentos ligados às tecnologias da Indústria 4.0. A lista de integradoras autorizadas assim como os serviços validados ficarão disponíveis para consulta no site da Finep.
“Em geral, uma empresa não consegue implantar uma solução que englobe tecnologias da Indústria 4.0 sem a consultoria de uma empresa integradora, de forma que esse é o grande diferencial do Finep Inovacred 4.0”, afirmou o diretor de Inovação da Finep, Alberto Dantas. O impacto esperado é de um ganho de, no mínimo, 20% na produtividade das empresas beneficiárias.
Diretor Dantas explica detalhes do Finep Inovacred 4.0
Os planos de digitalização submetidos devem ter valor máximo de R$ 5 milhões. O limite foi estabelecido com base em estudo realizado pela CNI que estipulou em cerca de R$ 1,5 milhão – podendo chegar entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões - o valor médio de um plano de digitalização da Indústria 4.0, inclusive quando implementado por empresas de maior porte.