Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Futuro ministro Marcos Pontes afirma que Finep é essencial para setor de ciência e tecnologia
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Pontes descartou fusões de instituições da pasta em reunião com representantes da comunidade científica, no CCBB, em Brasília, nesta quinta-feira (6). Na foto, da direita para esquerda: Ronaldo Camargo, presidente da Finep, Ildeu Moreira, presidente da SBPC, Marcos Pontes, futuro ministro do MCTIC, e Marcelo Morales, do CNPq

 

O futuro ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, anunciou nesta quinta-feira (6) que estão descartadas fusões de instituições da pasta ou mesmo transferências e incorporações por órgãos de outros ministérios. “A Finep é essencial para a estrutura que a gente tem, para isso funcionar. Eu conversei pessoalmente com o presidente e ele me garantiu que não vai tirar absolutamente nada do ministério. E o presidente está acima dos demais cargos”, afirmou a representantes da comunidade científica, que se reuniram com Pontes no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.

A declaração foi feita após um breve encontro entre o futuro titular da pasta, os novos ministros e Jair Bolsonaro, também no CCBB, onde a equipe de transição tem se reunido regularmente. Confira na íntegra a fala do presidente da Finep, Ronaldo Camargo, e de Marcos Pontes durante a abertura do encontro com membros da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), da Academia Brasileira de Ciências (ABC), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e de outras instituições de peso da área de ciência e tecnologia.

No início da tarde desta quinta-feira (6), Ronaldo Camargo fez uma apresentação sobre a Finep e seu desempenho aos participantes da reunião. Veja aqui a exposição, de cerca seis minutos. “Nosso objetivo é fazer uma passagem tranquila e sem percalços que possam afetar nossos programas e parceiros. Estes devem ser os objetivos de todos nós aqui na Finep: concentrar-se na transição e seguir em frente na contratação de novos projetos”, disse ele. “O futuro titular da pasta conhece a Finep e sabe da sua capacidade e competência na gestão dos fundos setoriais”, completou. Na quarta-feira (5), Marcos Pontes assumiu a coordenação do recém-criado grupo de transição para a área de Ciência e Tecnologia.

Agendas em Brasília

A atuação eficiente da Finep em suas ações de incentivo ao desenvolvimento de pesquisa e inovação no país nos últimos dois anos também foi detalhada por Ronaldo Camargo em audiência na Câmara dos Deputados, nesta quarta (5). Acompanhado de técnicos da empresa, entre eles integrantes da diretoria e o superintendente de Inovação, Newton Hamatsu, o presidente da Finep apresentou um balanço da gestão, além de expor as ideias e planos da Finep para os próximos anos.

A sessão da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCT) discutiu a relevância da financiadora para o país e seu desempenho positivo, apesar da redução de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). “A Finep tem conseguido apresentar um bom desempenho mesmo em um cenário em que tivemos apenas R$ 1,2 bilhão em recursos do FNDCT. Em anos anteriores, os repasses chegaram a R$ 4 bilhões”, afirmou Ronaldo.

Além da melhoria operacional, a diretoria executiva enfatizou outros pontos que comprovam a “musculatura” da financiadora e contribuem para reforçar a imagem positiva da empresa. Um deles é a entrada na lista de estatais federais com melhor avaliação de gestão, o IG-SEST (a Finep saiu do nível 3 para o nível 1, ficando ao lado de empresas com maior orçamento, com ações na bolsa de valores e que possuem histórico extenso de governança, como Petrobras e BNDES). Em 2018, a financiadora também organizou um Plano de Demissão Assistida (PDA), com adesão de mais de 100 pessoas. A empresa conseguiu manter o alto nível operacional mesmo com redução de 18% do quadro funcional.