Diante da redução do orçamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) nos últimos anos, a Finep precisou diminuir o ritmo de lançamento de editais, priorizando a contratação e pagamento de projetos antigos. O montante de restos a pagar da financiadora, que chegou a R$ 1,140 bilhão em 2015, vai terminar 2017 em R$ 520 milhões – redução de 54%.
Este ano, foram realizados pagamentos da ordem de R$ 1,158 bilhão no FNDCT. Desse valor, R$ 453 milhões foram destinados à redução dos restos a pagar. De acordo com o diretor financeiro, Ronaldo Camargo, a Finep demostrou que tem atuado com responsabilidade, priorizando honrar os compromissos assumidos em anos anteriores. “Como não temos condições, no momento, de lançar novos editais, devido aos cortes recentes, optamos por concentrar nossos esforços nos pagamentos que estavam pendentes, de projetos que já haviam sido contratados”, explica.
A Finep é a secretaria executiva do FNDCT, principal fonte de financiamento à ciência e tecnologia no Brasil. O fundo, que chegou a ter R$ 5,1 bilhões de arrecadação em 2014, entra 2018 com apenas R$ 1,1 bi de orçamento aprovado. Carlos Gutierrez Freire, superintendente da Secretaria Executiva do FNDT, destaca o equilíbrio das finanças da empresa: “Podemos afirmar, agora, que os restos a pagar estão compatíveis com o orçamento do fundo”.