A melhoria genética é fundamental para a produção de carne de qualidade,
especialmente num mercado cada vez mais complexo e competitivo (Foto: Rogério Rangel / Finep)
Fundada em 2014, a Seleon Biotecnologia é a mais moderna empresa de biotecnologia em reprodução bovina da América Latina. Localizada em Itatinga, interior de São Paulo, a companhia oferece cinco tipos de serviço: a produção de sêmen bovino, a produção de embriões in vitro, armazenamento de sêmen, sexagem de sêmen e a hospedagem de touros. Com essas atividades, ela pretende valorizar o produto nacional e aumentar os nÃveis de produção. A empresa conta com financiamento da Finep no valor total de aproximadamente R$ 16 milhões.
A Seleon é fruto do investimento de Bruno Grubisich, conhecedor profundo da criação de gado, que percebeu a falta de um centro avançado de biotecnologia no Brasil voltado para as peculiaridades dos produtores nacionais. A melhoria genética é fundamental para a produção de carne de qualidade, especialmente num mercado cada vez mais complexo e competitivo. "Uma vaca só dá um bezerro por ano. Esse filhote tem que ser o melhor possÃvel, da melhor qualidade, com pais geneticamente resistentes. Daà o trabalho meticuloso de seleção e cruzamento de touros e vacas, com melhores cargas genéticas", detalha Bruno.
Os clientes da jovem empresa de Itatinga são, basicamente, de três perfis: o produtor genético que já faz seleção em seu rebanho e precisa de um centro credenciado pelo ministério da agricultura para vender no mercado; outros são empresas de genética, que localizam os melhores animais, em todo o Brasil, e utilizam os serviços da Seleon para coletar, analisar e armazenar o sêmen; o terceiro tipo de cliente são produtores de gado que têm propriedades em que, por vezes, há apenas um único touro reprodutor ou apenas vacas, e precisa coletar sêmen do macho de alto padrão para ser inseminado em centenas ou milhares de fêmeas.
Grubisich afirma que o produtor brasileiro é muito talentoso em criação genética, mas que, ainda assim, tem de enfrentar a concorrência com produtos e serviços importados ou de multinacionais localizadas no Brasil. Bruno não sofreu com a crise. A recente desvalorização do real incentivou a exportação nacional. Para ele, "não se pode ser escravo do câmbio, mas tem que saber aproveitar cada momento. O produtor tem de se estruturar para essas variações na economia", afirma.
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