Cintra, segundo da esquerda para a direita, fala ao lado das autoridades presentes (Foto: Foca Lisboa/UFMG)
O presidente da Finep, Marcos Cintra, foi um dos convidados da mesa-redonda Fomento sustentável da pesquisa no Brasil, destaque da programação da Semana do Conhecimento da Universidade Federal de Minas Gerais desta terça-feira (18). Durante o debate, pesquisadores e especialistas na área abordaram a evolução da pesquisa no país e como o campo da ciência é importante para o desenvolvimento social e econômico brasileiro.
Cintra afirmou que a parcela do PIB que o Brasil destina à área de Ciência e Tecnologia (C&T) não é insuficiente. Segundo o economista, faltam, sim, foco e planejamento no modo como esse investimento é feito. “Falta-nos uma visão de futuro. Precisamos criar estratégias de cooperação entre as universidades e as empresas para alavancar os resultados de C&T, mesmo em um contexto de redução de gastos públicos como o previsto pela Proposta de Emenda Constitucional 241/2016”, disse. Os possíveis impactos da PEC 241/2016, inclusive, entraram na pauta de discussão dos participantes da mesa, que, em sua maioria, a veem como um retrocesso para a educação e para a pesquisa em C&T do país.
Além do presidente da Finep, também participaram da mesa-redonda a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, o reitor da UFMG, Jaime Ramírez, o pró-reitor de pesquisa da UFMG, Ado Jorio de Vasconcelos, o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Alvaro Toubes Prata, e o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig).
O debate integrou a programação da 25ª Semana do Conhecimento da UFMG, que segue até sexta-feira (21), com cerca de uma centena de ações – entre palestras, debates, mesas, seminários, conferências, cursos, oficinas e atividades culturais. O evento, realizado anualmente pela universidade mineira, tem como objetivo a construção de espaços de reflexão, o compartilhamento de experiências, a difusão, a troca de conhecimentos e a divulgação da produção acadêmica.
Fonte: UFMG