Laboratório de cultivo de plantas in vitro (Foto: Divulgação/Insa)

O presidente da Finep, Wanderley de Souza, esteve na sede do Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTIC), em Campina Grande (PB), no dia 01/09. O objetivo da visita foi conhecer de perto as iniciativas que estão em andamento na unidade de pesquisa. O Insa foi uma das 21 instituições contempladas no edital voltado a Institutos de Pesquisa do MCTIC, lançado em abril deste ano pela Finep, com recursos do FNDCT.

Na ocasião, Souza foi recebido pelo diretor do Insa, Salomão Medeiros, que esteve acompanhado do presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq), Claudio Frutado. Durante o encontro, Medeiros destacou os principais desafios do Instituto para os próximos quatros anos.

Na área de recursos hídricos, ressaltou a necessidade de desenvolver tecnologias de captação de água de chuva como sistema complementar para o abastecimento do meio urbano e de reutilização de água para uso na agricultura, industrial e doméstico. O diretor destacou que, nos cerca de 70% municípios do Semiárido que possuem até 10 mil habitantes, podem ser instalados sistemas complementares para aproveitar a estação chuvosa, a fim de permitir a recarga dos reservatórios.

Outro desafio destacado por Medeiros é a conservação e o aproveitamento do potencial do bioma Caatinga, que possui mais de 2 mil espécies, sendo 1.154 delas endêmicas. Ele relatou o papel que o Insa vem desempenhando, em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), por meio da coordenação da rede de pesquisadores que integram o Núcleo de Bioprospecção da Caatinga (NBioCaat). Essa articulação tem permitido a produção e distribuição de extratos de plantas para as 12 instituições que integram a Rede de Pesquisa. As instituições que recebem os extratos avaliam o potencial dessas plantas para produção de fármacos, bioinseticidas e novos alimentos.

A pesquisadora Márcia Vanusa, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que coordena o NBioCaat, apresentou ao presidente da Finep os resultados das principais pesquisas realizadas. Ela ressaltou que a rede de pesquisadores tem o propósito de desenvolver tecnologias por meio de compostos obtidos a partir de plantas da Caatinga, contribuindo para expandir o conhecimento químico e biológico desse bioma e promover o desenvolvimento sustentável.

Projetos em andamento

Encontram-se em execução no Insa alguns projetos apoiados pela Finep, como “Sistema de monitoramento dos núcleos de desertificação do Semiárido brasileiro”, no valor de R$ 905 mil; “Ações de C,T&I para o desenvolvimento sustentável do Semiárido brasileiro”, de R$ 6,6 milhões; e “Complementação da infraestrutura da sede do Insa”, de R$ 1 milhão. No fim de agosto, o Instituto teve mais um projeto aprovado pela financiadora: “Ampliação e fortalecimento da infraestrutura de laboratórios multiusuários de pesquisa do Insa”, no valor de R$ 7,78 milhões.

Sobre o Insa

O Insa é uma unidade de pesquisa integrante do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), com enfoque no Semiárido brasileiro. Com sede em Campina Grande (PB), o Instituto tem inserção internacional como correspondente científico do Brasil junto à Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD) e Ponto Focal na América do Sul na Cúpula América do Sul-Países Árabes (ASPA), do Marco de Cooperação nas áreas técnica, científica e tecnológica.

Tendo como funções a articulação, pesquisa, formação, difusão e políticas públicas, atua em cinco áreas: Biodiversidade, Sistemas de Produção, Desertificação e Mudanças Climáticas, Recursos Hídricos e Gestão da Informação e do Conhecimento.

Fonte: Ascom Insa