A Coppe/UFRJ inaugurou, no dia 14/9, o Núcleo de Microscopia Eletrônica, o mais avançado laboratório do Brasil destinado à caracterização de materiais de engenharia e bioengenharia. A implantação da nova unidade dará maior autonomia e agilidade aos estudos em andamento na instituição de pós-graduação. Até então, algumas análises de pesquisas realizadas em seus programas tinham de ser testadas no exterior ou, de forma mais limitada, no Brasil. Os ensaios realizados no laboratório contribuirão para avanços em diferentes áreas, como refino de petróleo, nanotecnologia e bioengenharia.
O Núcleo reúne aparelhos de ponta, como microscópios eletrônicos de transmissão e de varredura, com resolução atômica. Com essas ferramentas, será possível estudar materiais em escala nanométrica (1 milímetro dividido por 1 milhão). Os dois microscópios permitem mapear a composição química dos materiais – identificando o átomo e sua posição relativa – e efetuar a reconstrução tridimensional de fases e precipitados. Orçados em R$ 2,85 milhões, os instrumentos foram adquiridos com recursos da Finep. O Núcleo, que teve custo total de R$ 7,3 milhões, também contou com financiamento do BNDES, do CNPq, do Cenpes/Petrobras, da Vallourec do Brasil e da Faperj.
Entre os ensaios realizados no novo laboratório, já estão programados: testes no desenvolvimento de materiais para a fabricação de ligas mais resistentes e com melhor desempenho para o refino de petróleo; desenvolvimento de novos polímeros e catalisadores, em processos de separação por membranas; e estudo de compostos que possibilitam o armazenamento do hidrogênio, úteis no desenvolvimento de pilhas a combustível e de novos materiais supercondutores.
A unidade funcionará como laboratório multiusuário, sendo gerida por seis instituições distintas. Além da Coppe/UFRJ, o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes/Petrobras), o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB/UFRJ), o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), a Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) poderão utilizar as instalações, participarão da administração e contribuirão financeiramente para manutenção do laboratório. O modelo prevê, ainda, que até 30% do tempo do Núcleo poderá ser destinado ao atendimento de clientes externos à universidade.
(Fonte: Assessoria de Comunicação Coppe/UFRJ)