Seu navegador não suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Pesquisa financiada pela Finep aponta que 46% dos brasileiros são sedentários
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Ministro do esporte George Hilton

Foto: João Luiz/Finep

De acordo com o Diagnóstico Nacional do Esporte (Diesporte), pesquisa nacional coordenada pelo Ministério do Esporte e financiada com cerca de R$ 4 milhões pela Finep, 45,9% da população do País não pratica esporte ou atividade física, o que representa 67 milhões de pessoas. O índice de sedentarismo é maior entre as mulheres (50,4%) do que entre os homens (41,2%). A primeira parte do estudo, que trata da relação entre o brasileiro e a prática esportiva, foi apresentada nesta segunda-feira, 22/6, pelo ministro do Esporte, George Hilton, no Sesc Tijuca, no Rio de Janeiro. “Agora poderemos mensurar qual é a importância do esporte na formação do cidadão”, destacou Hilton. Foram realizadas 8.902 entrevistas com pessoas entre 14 e 75 anos ao longo de 2013.

O Diesporte também detalhou essas informações por região e apontou que o Sudeste concentra a maior parte dos sedentários: 54,4%. Já o Norte possui mais gente se exercitando, com somente 37,4% de pessoas sem praticar atividade física. Nordeste (38,5%), Sul (39,3%) e Centro-Oeste (45,1%) vêm em sequência. Na América do Sul, o Brasil está em situação melhor que a Argentina, que tem 68,3% da população sedentária, e pior que o Uruguai, com 34,1%. A nível mundial, o País fica bem atrás de países como Índia (15,6%) e Inglaterra (17%) e próximo ao Estados Unidos (40,5%).

Segundo a pesquisa, os jovens brasileiros são os que mais praticam atividade física. Nas faixas entre 15 e 19 anos os declarados sedentários somam 32,7%. Esse número cresce gradualmente junto à faixa de idade: de 20 a 24 anos o número sobe para 38,1% e, a partir daí, a taxa de sedentarismo ultrapassa os 40% e cresce até atingir 64,4% entre 65 e 74 anos. Apesar representar o maior número de brasileiros que praticam esportes ou atividade física, os jovens entre 16 e 24 anos foram os que se mostraram mais suscetíveis a abandoná-las: 45% dos entrevistados declararam que deixaram de se exercitar. O ministro chamou atenção para o fato de que a decisão coincide com o período em que o indivíduo sai da escola e entra no mercado de trabalho. “Os números dão uma boa noção da relação entre os brasileiros e a prática esportiva. Isso é inédito no País”, ressaltou Hilton.

O estudo apontou ainda que futebol foi o esporte mais praticado em 2013 para 42,7% dos entrevistados. A caminhada (8,4%) e o voleibol (8,2%) aparecem na sequência. De acordo com o ministro, o objetivo é incluir o esporte e a atividade física no cotidiano e torná-los parte da formação integral da população como parte do legado da Olimpíada de 2016: “Vamos criar uma rede nacional de treinamento. Não incentivaremos somente atletas de alto rendimento, mas a iniciação esportiva inclusive nas cidades do interior do País”.

Sobre o Diesporte
Executado entre 2010 e 2014, o Diesporte é a mais abrangente sondagem sobre esportes já feita no país. A pesquisa também reuniu dados sobre financiamento, legislação e infraestrutura esportiva do Brasil. Realizada pelo Instituto Visão, a pesquisa contou com a participação de pesquisadores das Universidades Federais do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro, de Goiás, do Amazonas, de Sergipe e da Bahia, que ajudou na execução do diagnóstico.