Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Finep participa de lançamento de novas variedades de cana-de-açúcar desenvolvidas pela Ridesa
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eliasnaridesaLuiz Antonio Elias, presidente da Finep (crédito: René Villela)

 

A Finep participou, nesta quarta-feira (22), em Ribeirão Preto (SP), da Liberação Nacional de Variedades RB, evento que marcou o lançamento de 18 novas variedades de cana-de-açúcar desenvolvidas pela Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa Brasil).

O encontro também apresentou dados inéditos do Censo Varietal Nacional, que revelam a predominância das cultivares desenvolvidas pela rede no campo brasileiro: 56% da cana plantada e 54% da colhida na safra 2024/25 são de variedades RB (Ridesa). Formada por 10 universidades federais e mais de 300 bases de pesquisa, atualmente, é o maior programa de melhoramento genético de cana-de-açúcar do País.

As variedades RB estão entre as três mais cultivadas na atual temporada de plantio e têm impulsionado ganhos de produtividade superiores a 30%. Além de serem mais resistentes ao estresse hídrico, pragas e doenças, contribui diretamente para a competitividade e sustentabilidade do setor.

O presidente da Finep, Luiz Antonio Elias participou do evento e ressaltou o papel estratégico da ciência e da universidade pública na consolidação do setor como referência mundial em energia limpa. “A Finep e a Ridesa estão na vanguarda do conhecimento, apoiando um setor que é base de uma produção renovável e sustentável. Destaco a capacidade das universidades públicas de atender aos anseios da sociedade por mais tecnologia e inovação”, afirmou.

Já o presidente da Ridesa e reitor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Josealdo Tonholo, destacou a importância do marco alcançado pela rede. “Essa é a maior liberação de variedades já feita pela Ridesa, o que mostra a força da pesquisa pública e da parceria com o setor produtivo. O setor sucroenergético brasileiro representa cerca de 11% do PIB nacional, e o trabalho conjunto das universidades com a indústria é fundamental para mantermos essa liderança”, disse.

Com 35 anos de história e 55 anos das variedades RB, a Ridesa já disponibilizou 116 cultivares aos produtores brasileiros, resultado de um processo de pesquisa que pode levar de 10 a 15 anos. As novas variedades lançadas agora trazem características como maior teor de sacarose, tolerância à seca, resistência a pragas e fácil adaptação a diferentes regiões produtoras.

O evento contou ainda com a presença da reitora da UFSCar, Ana Beatriz de Oliveira, do coordenador-geral da Ridesa, Herrmann Paulo Hoffmann, e de representantes do setor produtivo. A programação incluiu ainda uma mesa-redonda sobre políticas públicas para bioenergia, com debates sobre o papel da cana-de-açúcar na matriz energética limpa brasileira — tema central na agenda climática internacional e que ganha destaque nas vésperas da COP30, que será realizada em Belém (PA), no próximo mês.