Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Planos lançados em Brasília visam elevar gastos em P&D a 2% do PIB
fechar
Compartilhar

 planosdecti

Estratégias com foco em energia sustentável, petróleo e mineração para o período entre 2018 e 2022 foram discutidas por representantes de entidades ligadas a três ministérios e instituições do setor. Na foto, à direita, o presidente da Finep, Marcos Cintra

 

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) lançou na quarta-feira, dia 31, os Planos de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação para três setores considerados estratégicos para o país: energias renováveis e biocombustíveis, minerais estratégicos e petróleo e gás. A ideia é que a iniciativa subsidie a estratégia nacional para o desenvolvimento das cadeias de valor dessas atividades, o que pode ampliar os investimentos com pesquisa e inovação a 2% do PIB até 2022.

Os planos coordenados pela Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec) foram anunciados em cerimônia que contou com a participação dos ministros Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) e Marcos Jorge (Indústria, Comércio Exterior e Serviços); do presidente da Finep, Marcos Cintra (acompanhado dos diretores Ronaldo Camargo e Rennys Frota e do superintendente Maurício Syrio) e do presidente do CNPq, Mário Borges Neto. Também participaram do ato o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Félix, e o titular da SETEC, Maximiliano Martinhão.

Na cerimônia que antecedeu a rodada de conferências realizadas durante todo dia, o secretário Maximiliano Martinhão delineou os planos, posteriormente debatidos em três sessões temáticas com representantes do MCTIC, do MME, do MDIC, da Finep, do CNPq e entidades ligadas aos setores, como Embrapa, da ABDI, ABSOLAR, CODEMIG, CETEM, EMBRAPII, ANP, EPE e Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel.

planosdecti2

 

O primeiro plano, voltado para Minerais Estratégicos, reúne diretrizes para a atuação do MCTIC em minerais “portadores de futuro” (elementos terras-raras, lítio e silício) e em minerais que apresentam déficit comercial (agrominerais), mas que possuem importância econômica e estratégica para o país. Além disso, identifica desafios para o desenvolvimento das cadeias produtivas e sugere iniciativas de capacitação, formação de recursos humanos e de cooperação internacional. O objetivo é tornar o Brasil referência mundial em tecnologias para produção, uso e aplicações de minerais estratégicos em produtos de alto conteúdo tecnológico.

Com foco na área de Petróleo e Gás Natural, o segundo plano estabelece diretrizes para melhorar as atividades de produção e exploração em terra e no mar e de gás de xisto (nesse caso onshore). Além disso, propõe medidas para estimular o desenvolvimento da cadeia de fornecedores de produtos e serviços para aumentar a participação da indústria nacional nessas atividades. E, por fim, o documento voltado a Energias Renováveis e Biocombustíveis traz propostas para a atuação do MCTIC no estímulo ao desenvolvimento tecnológico e à inovação nas cadeias produtivas de energia, visando ao aumento e à diversificação da matriz energética brasileira.

“Os três planos representam um trabalho mais integrado entre as diversas esferas do governo e instituições do setor, ampliando a possibilidade de trazer mais recursos para inovação e pesquisa, sejam tanto privados quanto públicos”, disse o ministro Gilberto Kassab. “Os setores de energia sustentável, petróleo e gás e mineração são pilares do desenvolvimento do país e essa iniciativa deixa claro que temos que explorar os nichos em que temos mais vantagens competitivas”, disse Marcos Cintra. “Essa estratégia, que tem como meta chegar a 2% do PIB em gastos com P&D até 2022, é tão convincente que o presidente recém-eleito declarou que a manterá e ainda procurará ampliá-la para 2,5%”, concluiu o presidente da Finep.