Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Presidente da Finep defende renovação de política industrial durante Fórum Estadão de Inovação
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 MarcosCintraForumEstadao

 

A política industrial brasileira precisa se renovar. Essa foi a mensagem que o presidente da Finep, Marcos Cintra, frisou durante o debate Como Acelerar a Inovação do Brasil, no Fórum Estadão de Inovação, ocorrido nesta terça-feira, 6, na sede do jornal O Estado de S. Paulo, na capital paulista. Para o economista, a evolução se dará a partir de mudanças na alocação de recursos e procedimentos no setor.

"Inovação em todo o mundo tem de ser estimulada pelo setor público de forma proativa. É preciso colocar o tema no centro da política de desenvolvimento nacional", defende. "Ainda vivemos uma política industrial que valoriza a substituição de importações. Precisamos investir e adentrar em nichos globais de valores e abandonar noções já ultrapassadas", completa.

Segundo Cintra, um dos passos para isso é adotar, também, modelos que driblem a cultura institucional que afasta a academia das empresas, a partir de mecanismos intermediários de transferência de tecnologias. "Precisamos de geração de conhecimento agregada à geração de valor, que neste universo é lucro".

O presidente da Finep foi um dos convidados da mesa ao lado do Diretor de Operações do Serviço Nacional de Aprendizagem e Indústria (SENAI), Gustavo Leal, do Head de inovação da Embraer, Sandro Valeri, e da Diretora Executiva do Massachussetts Institute of Technology (MIT), Elisabeth Reynolds. A norte-americana encabeçou a discussão ao apresentar dados do estudo Accelerating Innovation in Brazil, desenvolvido nos últimos três anos com o apoio do SENAI.

Os dados apresentaram com exclusividade características detalhadas do cenário industrial e de serviços do Brasil nos últimos anos e quais os maiores desafios a serem driblados para que o País atinja melhores patamares. A chave, segundo Reynolds, é investir corretamente em inovação, essencial para uma imersão significativa em setores crescentes como o da Indústria 4.0, por exemplo. "O Brasil precisa começar a se integrar globalmente e diminuir burocracias e entraves para a liberação de patentes para progredir", conclui.