Seu navegador no suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Pesquisa da Finep revela interesse de estudantes brasileiros por Ciência
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 Pesquisa

Disciplina fica à frente de matérias mais populares, como Português e História


Eles já nasceram conectados e sequer conheceram a vida analógica. Não vivem sem o celular e têm sede inesgotável por tecnologia e conhecimento. As afirmações poderiam ser feitas com base na observação do comportamento de qualquer adolescente, mas, neste caso, são fruto de pesquisa encomendada pela Finep, que ouviu mais de dois mil estudantes de escolas públicas e privadas (ensino médio ou fundamental) de todo o Brasil, com idades entre 12 e 17 anos. Batizada de Ciência Jovem, a pesquisa foi tema de reportagem do Jornal da Globo, no dia 23/12.

Entre outros pontos, o levantamento mostra que os jovens brasileiros não só se interessam por ciência e tecnologia como esperam por mais investimentos e estímulo à disseminação dos temas por meio da educação no País. A maior parte (75%) defende que o ensino de Ciência seja obrigatório nas escolas. E eles vão além: apontam a disciplina como a que desperta maior interesse. Em segundo lugar estão Português e História, empatados. Geografia aparece em terceiro.

Mais investimentos

Os jovens também entendem que aprender Ciência pode ajudar no futuro profissional (79,8%), além de enxergarem a matéria como algo que podem usar no dia a dia (64%). Os estudantes acreditam, ainda, que o ensino da disciplina estimula o desenvolvimento de ciência e tecnologia no País. Mais da metade deles, inclusive, (62,6%) acha que o setor é pouco ou nada valorizado no Brasil. Além disso, 82,6% defende que os investimentos públicos na área devem aumentar. O cenário brasileiro atual, entretanto, é o oposto do que esperam os jovens: o orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) para 2018 é o menor nos últimos dez anos.